terça-feira, 3 de outubro de 2023

A IMPORTÂNCIA DO SUS E SUA RESISTÊNCIA FRENTE AOS ATAQUES PRIVATISTAS

 



No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha um papel primordial na garantia do acesso à saúde para toda a população. No entanto, esse sistema público e universal não está livre de ataques de grupos privatistas que almejam sua privatização. Apesar dos esforços para enfraquecê-lo, a emergência da pandemia da covid-19 trouxe à tona a importância do SUS e impediu a concretização de tentativas de desmontá-lo por parte do Ministro da Economia, Paulo Guedes, e seus aliados.

Nesse contexto, é válido ressaltar que o SUS não apenas manteve seu funcionamento durante a pandemia, como também foi fundamental para o sistema de saúde privado. Enquanto muitos hospitais e clínicas privadas enfrentavam uma sobrecarga em suas capacidades de atendimento, o SUS garantiu o acolhimento de milhares de brasileiros, contribuindo para evitar um colapso ainda maior no sistema de saúde. 

É importante destacar que o SUS possui falhas e limitações, afinal, nenhum sistema é perfeito. No entanto, seu papel fundamental na proteção e promoção da saúde da população não pode ser ignorado. Presente em todo o território nacional, o SUS participa desde a vacinação e cuidados básicos de saúde até a atenção especializada e vigilância sanitária.

Detentor de características únicas, o SUS é o único sistema de saúde pública no mundo que atende mais de 190 milhões de pessoas. Dentre esses usuários, 80% dependem exclusivamente dele para qualquer tipo de atendimento médico. Esses números mostram a importância do SUS como um pilar essencial na garantia do direito constitucional à saúde no Brasil.

Diante do exposto, é imprescindível reconhecer e aplaudir o SUS por sua atuação incansável em prol da saúde e bem-estar de toda a população brasileira. E mais do que apenas aplaudir, é necessário lutar pela sua preservação e fortalecimento, impedindo que interesses privatistas coloquem em risco a saúde de milhões de pessoas. O SUS é um patrimônio conquistado pelos brasileiros e, juntos, devemos defendê-lo para que continue atendendo às necessidades de toda a população.

Claudio Ramos

Baturité 03/10/2023

 

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

BATURITÉ INAUGURA A PRIMEIRA UNIDADE SOCIAL DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM BUSCA DE SEGURANÇA ALIMENTAR

 

O programa Ceará Sem Fome é uma iniciativa do Governo do Ceará que possui como uma de suas frentes a criação da Rede de Unidades Sociais Produtoras de Refeições. Essa iniciativa visa beneficiar mais de 200 mil pessoas nos 184 municípios cearenses.

A outra é a distribuição do Cartão Ceará Sem Fome. São 43.357 cartões sendo distribuídos em todo o Estado. A ação, que é uma das frentes do programa junto à criação da Rede de Unidades Sociais Produtoras de Refeições, beneficiará mais de 200 mil pessoas em todas as cidades cearenses.

 

Os beneficiários receberão, mensalmente, o valor de R$ 300 para a aquisição de alimentos. Além de tirar as pessoas do mapa da fome, o uso do cartão também deve movimentar a economia desses municípios.

O investimento total do Governo do Ceará nessas duas frentes, até dezembro de 2023, será de R$ 184 milhões. Uma das unidades sociais produtoras de refeições. A 1ª USPA do município será entregue na cidade de Baturité, quarta-feira (04) onde a Primeira Dama do Estado do Ceará, Lia Freitas, estará presente na entrega do equipamento. 



É importante destacar que essa unidade foi obtida através do trabalho do Vereador Will Maciel, do Partido dos Trabalhadores (PT), a USPA  será instalada   na Rua Cel. Alfredo Dutra de Souza no Bairro Mucunã, às 10 horas da manhã. Serão 100 refeições distribuídas por dia para famílias carentes. O Projeto Ceara Sem Fome tem como objetivo acabar com o flagelo da fome no Estado do Ceará, esta é uma das metas mais importante do mandato do Governador Elmano de Freitas

Claudio Ramos

Baturité 02/10/2023 


domingo, 1 de outubro de 2023

A luta pelos direitos dos idosos: reflexões sobre o Dia Internacional do Idoso

 

Reconhecendo a Importância dos Idosos na Sociedade e Promovendo uma Vida Saudável e Ativa

O Estatuto do Idoso foi criado no governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, para garantir os direitos e a proteção dos cidadãos idosos. Completando 20 anos desde sua criação, é importante refletir sobre os desafios enfrentados pelo Brasil ao preparar o país para o envelhecimento de sua população.

Um dos principais desafios é a questão da saúde e da assistência médica. Com o envelhecimento da população, aumenta a demanda por atendimento médico especializado, tanto para doenças crônicas comuns nessa faixa etária, como diabetes e hipertensão, quanto para tratamento de doenças mais graves. Isso exige investimentos na ampliação da rede de saúde e na formação de profissionais capacitados para lidar com as especificidades do atendimento aos idosos.




Além disso, é necessário investir em políticas de prevenção e promoção da saúde dos idosos, incentivando hábitos saudáveis, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada. Também é essencial promover a conscientização sobre a importância da vacinação e da realização de exames preventivos, garantindo que os idosos tenham acesso a esses serviços de forma acessível e eficiente.

Outro desafio é a garantia de uma boa qualidade de vida para os idosos, incluindo a oferta de moradias adequadas, segurança, transporte público acessível e espaços de convivência. Muitos idosos enfrentam dificuldades para se locomover e acessar serviços e locais públicos devido à falta de infraestrutura adequada. É necessário, portanto, investir em adaptações urbanas, como calçadas acessíveis e transporte público adaptado.


Além disso, medidas para combater a violência contra os idosos são fundamentais. Muitos idosos são vítimas de violência física, psicológica e financeira, seja dentro do ambiente familiar ou em instituições de acolhimento. Para garantir a proteção dessas pessoas, é preciso fortalecer os mecanismos de denúncia e de atendimento especializado.

Por fim, é importante pensar também na inclusão social e econômica dos idosos. Muitos são obrigados a continuar trabalhando ou dependem da ajuda financeira de familiares por não terem uma previdência adequada. É necessário criar políticas que garantam a dignidade e a autonomia financeira dos idosos, como a valorização de aposentadorias e pensões, além de incentivos para a inserção no mercado de trabalho.

Em resumo, os desafios de preparar o país para o envelhecimento da população envolvem investimentos na saúde, na infraestrutura, na segurança e na inclusão dos idosos. É preciso criar políticas públicas efetivas e integradas, que garantam a proteção e a inclusão social dessas pessoas, para que elas possam viver de forma digna e com qualidade de vida.


Claudio Ramos 

01/10/2023

sábado, 30 de setembro de 2023

A religião como fachada: A instrumentalização de Deus como escudo para legitimar ações bélicas e posições políticas controversas


A afirmação de que as grandes guerras no mundo foram todas em nome de Deus é, na verdade, um equívoco. Enquanto algumas guerras ao longo da história tiveram motivações religiosas, muitas outras foram motivadas por razões políticas, econômicas ou territoriais. É importante reconhecer que conflitos armados são complexos e normalmente envolvem múltiplos fatores.


No entanto, é verdade que o nome de Deus foi frequentemente utilizado como uma justificativa para as ações de rebeldes, reis e opositores. A religião tem sido frequentemente manipulada para incitar conflitos ou para dar uma base moral às ações de diferentes partes envolvidas em uma guerra. Infelizmente, o uso inadequado da religião em nome da justiça divina levou a inúmeras tragédias e ações violentas ao longo da história.

Nos dias atuais, políticos também podem usar Deus ou a religião como uma forma de legitimar suas agendas políticas. Isso é um problema grave, pois acaba por instrumentalizar a religião de maneira seletiva e oportunista, muitas vezes para conseguir apoio ou incitar divisões entre as pessoas. A mistura entre religião e política pode ser perigosa, pois pode levar a uma polarização ainda maior e a uma falta de respeito pelos direitos e crenças dos outros.

Devemos ter cuidado ao interpretar e usar a religião para justificar conflitos ou promover agendas políticas. É fundamental lembrar que a religião pode ser uma força positiva para muitas pessoas, trazendo conforto espiritual e orientação moral. No entanto, quando utilizada de forma inadequada, a religião pode ser usada para justificar ações violentas e promover o ódio.

É importante promover o respeito mútuo, a tolerância religiosa e o diálogo construtivo para superar essas divisões e prevenir o uso indevido da religião. A paz e a harmonia entre diferentes grupos religiosos são alcançadas quando enfatizamos os valores compartilhados de amor, compaixão e justiça, ao invés de alegar superioridade ou usar a religião como arma.

Claudio Ramos 
Baturité / Ce 



quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Superando obstáculos: O desafio do governo brasileiro na prevenção e combate às enchentes e deslizamentos


Desastres naturais causados pelo desequilíbrio da natureza têm se tornado cada vez mais frequentes ao redor do mundo. Esses eventos impactam a vida de milhões de pessoas e deixam rastros de destruição e morte. No entanto, muitos desses desastres têm relação direta com as atividades humanas, que contribuem para o desequilíbrio ambiental.


Um dos principais desastres naturais que tem afetado várias regiões é o aumento das enchentes. A urbanização desordenada e a destruição de áreas de preservação ambiental para a construção de cidades têm impacto direto na capacidade do solo em absorver a água da chuva. Além disso, a falta de planejamento urbano e a ocupação irregular de encostas de morros e margens de rios são fatores que potencializam o risco de enchentes. O Brasil, por exemplo, tem enfrentado frequentes inundações em diferentes regiões do país, com consequências desastrosas para a população.


O desmatamento é outra atividade humana que contribui significativamente para o desequilíbrio ambiental e, consequentemente, para o surgimento de desastres naturais. A retirada da vegetação nativa compromete a estabilidade do solo, aumentando o risco de deslizamentos de terra e destruição de áreas habitadas. Um exemplo marcante foi a tragédia de Mariana, em Minas Gerais, onde o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração causou um "tsunami de lama", devastando comunidades inteiras e deixando centenas de mortos.

Além disso, as atividades industriais e a queima de combustíveis fósseis têm contribuído para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, resultando em mudanças climáticas significativas. Ondas de calor intensas têm sido cada vez mais frequentes, atingindo diversas partes do mundo. Isso não apenas traz desconforto para a população, mas também aumenta o risco de incêndios florestais e secas, afetando a agricultura, a fauna e a flora e, consequentemente, a segurança alimentar e a biodiversidade.


No Brasil, além das enchentes já mencionadas, outro desastre natural de grande impacto tem sido o desmatamento da Amazônia. A destruição de grandes áreas de floresta tem efeitos devastadores não apenas para a biodiversidade, mas também para o equilíbrio climático. A Amazônia é conhecida como o "pulmão do mundo", e sua preservação é fundamental para o controle do clima global. No entanto, interesses econômicos, como a exploração madeireira e agropecuária irresponsável, têm resultado na derrubada indiscriminada de árvores, ameaçando esse importante ecossistema.


Para solucionar esse grave problema, é necessário repensar nossa relação com o meio ambiente e adotar práticas sustentáveis em todos os aspectos da sociedade. Investir em planejamento urbano adequado, preservação de áreas de preservação ambiental, redução das emissões de gases de efeito estufa e fiscalização do cumprimento das leis ambientais são algumas medidas fundamentais. Além disso, é preciso conscientizar a população sobre a importância de preservar o meio ambiente e adotar hábitos mais sustentáveis em seu cotidiano. Somente com ações conjuntas e efetivas podemos reverter o desequilíbrio causado pelo homem e evitar a ocorrência de desastres naturais cada vez mais frequentes e danosos.

Claudio Ramos
14/09/2023


terça-feira, 12 de setembro de 2023

"Do leite das vacas à referência mundial: a história das vacinas e o desafio da cobertura vacinal no Brasil"



As vacinas são consideradas uma das maiores conquistas da medicina, salvando milhões de vidas ao redor do mundo. No entanto, poucos conhecem a origem dessas poderosas aliadas da saúde pública.

A história das vacinas remonta ao final do século XVIII, quando o médico inglês Edward Jenner observou que as vacas que contraíam varíola bovina não desenvolviam a varíola humana. Baseado nessa descoberta, Jenner fez experimentos nos quais inoculava o líquido proveniente das vesículas da varíola bovina em pessoas saudáveis. Os resultados foram surpreendentes: aqueles que recebiam a inoculação não contraiam a varíola humana.

Essa experiência pioneira de Jenner foi um marco na medicina e deu início ao estudo e desenvolvimento das vacinas. Desde então, a imunização se tornou uma ferramenta crucial para o controle e erradicação de diversas doenças.


O Brasil, ao longo dos anos, tornou-se referência mundial em vacinação, com programas eficientes e altos índices de cobertura vacinal. Graças a isso, doenças como a poliomielite, o sarampo e a rubéola foram praticamente eliminadas do país.

No entanto, nos últimos anos, enfrentamos um grave obstáculo para manter esses avanços: a negação da ciência por parte de um governo. Durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, vivenciamos um período em que a desinformação e o questionamento dos benefícios da vacinação se tornaram frequentes.


A defesa de medicamentos sem comprovação científica, como a cloroquina, e a disseminação de teorias conspiratórias sobre os efeitos das vacinas trouxeram consequências graves para a saúde pública brasileira. A cobertura vacinal, que antes era alta e mantinha doenças sob controle, sofreu uma queda histórica.

Como resultado, doenças que estavam controladas no país começaram a ressurgir. O sarampo, por exemplo, voltou a ser uma preocupação, atingindo especialmente crianças e jovens que não foram devidamente imunizados.

Diante desse desafio, é fundamental reconstruir os altos percentuais de cobertura vacinal no Brasil. O caminho envolve não apenas ações de conscientização e promoção da importância da vacinação, mas também a retomada do investimento em programas de imunização, bem como o fortalecimento das instituições de saúde pública.

A história das vacinas é marcada por grandes avanços e contribuições para a saúde da humanidade, mas, para que esses benefícios sejam efetivos, é crucial combater a desinformação e garantir que a ciência ocupe o lugar de destaque que merece.

Com  relação à vacinação antes e depois de 2019. Vale ressaltar que ano de 2019 foi marcado por uma série de acontecimentos no país, como a ascensão do Governo Bolsonaro, que constantemente expressou opiniões negativas em relação à vacinação, além da disseminação de informações anti-vacinação por diferentes canais, como as redes sociais.

Antes de 2019, o Brasil apresentava altas taxas de vacinação. Em 2018, por exemplo, o país alcançou uma cobertura vacinal superior a 95% para a maioria das vacinas do Programa Nacional de Imunizações, segundo dados do Ministério da Saúde. Esses números indicavam uma adesão positiva da população às vacinações recomendadas pelo programa, garantindo a proteção contra diversas doenças.


No entanto, após 2019, é possível observar um aumento nos índices de negacionismo e hesitação em relação à vacinação. Segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha em 2020, cerca de 22% dos brasileiros declararam que não tomariam a vacina contra a COVID-19, mesmo após ser disponibilizada. Outra pesquisa, conduzida pelo Instituto Ipsos em parceria com o Fórum Econômico Mundial, apontou que apenas 69% dos brasileiros estavam dispostos a se vacinar quando uma vacina contra a COVID-19 estivesse disponível, em comparação com médias mais altas registradas em outros países.

Essa relutância em relação à vacinação pode ser um reflexo da disseminação de informações falsas ou distorcidas, contudo, ressaltamos novamente que o negacionismo em relação à vacinação não pode ser atribuído unicamente ao Governo Bolsonaro, mas a uma multiplicidade de fatores.

É fundamental ressaltar que a vacinação é uma das principais medidas de prevenção de doenças, sendo essencial combater a desinformação e promover a conscientização sobre a importância das vacinas para a saúde pública.

Portanto, a reconstrução da cobertura vacinal no Brasil é um desafio urgente, que requer o engajamento de toda a sociedade para retomar o controle sobre doenças que, um dia, estiveram sob controle.

Claudio Ramos
13/09/2023


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

MST e agricultura orgânica: o caminho sustentável para combater os perigos dos agrotóxicos



Os agrotóxicos representam um perigo real para a saúde humana e é urgente que sejam barrados seu uso no Brasil. Durante os anos de 2019 a 2022, no governo Bolsonaro, foram liberados inúmeros tipos de agrotóxicos proibidos nos países produtores por conta de sua nocividade. Essa política de liberação de venenos na agricultura brasileira está colocando em risco a saúde de toda a população.


As consequências dos agrotóxicos na saúde humana são alarmantes. Estudos apontam que essas substâncias estão relacionadas a diversos problemas, como o desenvolvimento de doenças como câncer, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e malformações. Além disso, há impactos ambientais significativos, com a contaminação de solos e águas, prejudicando a biodiversidade.


Para controlar e minimizar o uso de agrotóxicos, é crucial que sejam tomadas decisões efetivas. Primeiramente, é necessário investir em pesquisas e no desenvolvimento de alternativas sustentáveis para a produção agrícola, como a agroecologia. Agricultores familiares e pequenos produtores devem ser incentivados a adotar práticas mais saudáveis e receber apoio técnico para isso.

Além disso, é fundamental fortalecer o papel dos órgãos responsáveis pela fiscalização e regulação dos agrotóxicos, garantindo que as análises de riscos levem em consideração a saúde humana e o meio ambiente. O processo de liberação de novos produtos deve ser transparente e baseado em estudos científicos independentes, de forma a evitar conflitos de interesse entre as indústrias e os órgãos governamentais.

Na contramão dessa política de liberação de venenos na agricultura brasileira, surge o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Reconhecendo os perigos dos agrotóxicos, o MST tem produzido produtos orgânicos e direcionado para a merenda escolar das escolas brasileiras. A produção de arroz pelo MST, inclusive, já se tornou a maior da América Latina.


Essa iniciativa do MST mostra que é possível produzir alimentos saudáveis de forma sustentável e socialmente justa. É preciso que o Estado brasileiro priorize a produção de produtos saudáveis para a alimentação dos brasileiros, apoiando movimentos como o MST e investindo em políticas públicas que estimulem a produção orgânica e agroecológica.

A população brasileira tem o direito de ter acesso a uma alimentação saudável, livre de substâncias tóxicas. É responsabilidade do Estado garantir a segurança alimentar e promover a saúde pública, através do incentivo à produção de alimentos livres de agrotóxicos. Somente dessa forma será possível proteger a saúde da população e preservar o meio ambiente, garantindo um futuro sustentável para todos.

Claudio Ramos 
11/09/2023

sábado, 9 de setembro de 2023

Sertão brasileiro se prepara para inaugurar primeira biorrefinaria e impulsionar produção de biocombustíveis até 2024


Planta da família das leguminosas: Agave

O Agave é uma planta suculenta que pertence à família Agavaceae. Essa planta é nativa do México e é conhecida por suas folhas carnudas e espinhosas, que formam uma roseta. Existem várias espécies de Agave, sendo que uma das mais conhecidas é o Agave tequilana, que é usado na produção de tequila.

Além disso, o Agave tem diversas utilidades. Suas folhas contêm fibras duráveis, chamadas de sisal, que podem ser usadas na fabricação de cordas, tapetes, sacos e outros produtos têxteis. O néctar do Agave também é usado como adoçante natural, sendo especialmente popular na produção de xarope de agave como alternativa ao açúcar refinado.

Outra utilidade do Agave é na produção de bebidas alcoólicas, como mencionado anteriormente. A planta é colhida, geralmente quando ela já atingiu a fase de florescimento, e sua cabeça é cortada para a extração do suco. Esse suco é fermentado e destilado para produzir a tequila e outros destilados de agave, como o mezcal.

Além das utilidades mencionadas, o Agave também é apreciado como planta ornamental devido às suas folhas características e pode ser cultivado em jardins e ambientes internos. No geral, o Agave é uma planta versátil e possui diversas utilidades em diferentes áreas.


Mas, não para por ai, a agave possui também um grande potencial na produção de biocombustível e essa descoberta foi observada bem como sua relação direta com a Região Nordestina. O resultado da ciência, pesquisa e a agave podem mudar a região economicamente.

A pesquisa é encabeçada pela Unicamp e a mega empresa a Shell que estão juntas desenvolvendo as pesquisas para transformar  a agave em biocombustível.

O sertão brasileiro deve receber a 1ª biorrefinaria para produção de biocombustíveis em 2024. A usina terá um papel importante no desenvolvimento de uma pesquisa que promete revolucionar o semiárido do país e transformar a realidade socioeconômica de uma região marcada pela escassez de recursos. O projeto Brave (sigla em inglês para Desenvolvimento do Agave Brasileiro), encabeçado pela Shell, Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Senai Cimatec, estuda o potencial energético do agave. A planta da espécie das suculentas pode se tornar uma alternativa à cana de açúcar e ao milho na produção  de etanol e biogás no interior do nordeste e povoar a região com parques de biorrefino.

O agave tem como uma de suas principais vantagens a capacidade de crescer no terreno semiárido típico da Caatinga, onde outras matérias primas de biocombustíveis não são capazes de se desenvolver.

O gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell no Brasil, Alexandre Breda, disse que descobriu sobre o agave através de conversas com pesquisadores e a planta chamou sua atenção pelo seu potencial energético, mas também pela possibilidade de se criar uma nova indústria no sertão brasileiro. “O nosso objetivo é desenvolver o agave como uma nova biomassa para produção de biocombustíveis”, afirmou Breda. “Ela tem essa habilidade de crescer onde nada mais cresce. Então imagina o potencial que isso pode ser como geração de renda, como geração regular para a região”.

 

Além disso, a experiência do Brasil com biocombustíveis facilitou a decisão da empresa em investir no projeto. Com o domínio do país na produção do etanol da cana de açúcar, a Shell procura uma matéria prima que possa ser uma alternativa de produção na Caatinga.

 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui mais de 84 milhões de hectares de semiárido na Caatinga. Já a produção brasileira de cana de açúcar ocupa uma área de 8 milhões de hectares, aponta o Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

 


Na avaliação de Breda, o território amplo para o plantio do agave na região coloca a planta em um patamar acima das outras fontes de bicombustíveis. Contudo, Breda pontua que o agave não vem para substituir a cana de açúcar, mas para complementar a produção de biocombustíveis no país e trazer desenvolvimento sustentável para o sertão. “A gente está buscando é mais uma biomassa, para complementar a cana, para somar à cana, ao milho, para somar a outras biomassas que hoje produzem biocombustíveis. Então a cana de açúcar vai continuar sendo extremamente importante para São Paulo, Mato Grosso, Goiás; o agave não vem para competir aqui como a cana não vai competir no sertão”, declarou o executivo.

 

Em relação ao poder transformador econômico para a região, Breda afirmou que do ponto de vista logístico, não existe possibilidade do agave ser refinado em outras regiões do Brasil. Por isso, para explorar o potencial da planta é necessário a construção de biorrefinarias e de infraestruturas associadas à produção de biocombustíveis.  “Essa indústria de biomassa não dá pra você colher lá [sertão] e trazer a biomassa para o sudeste. Não tem como. Você tem que plantar lá e gerar uma nova indústria”, declarou Breda.


DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

 

O projeto Brave teve início em novembro de 2022 e é dividido em 3 etapas.

 

A 1ª, denominada “Brave Bio”, é liderada pela Unicamp e tem como objetivo selecionar as melhores variedades de agave para a produção de biocombustíveis no Brasil.

 

A 2ª etapa, “Brave Mec”, é responsabilidade do Senai Cimatec e tem foco na mecanização da produção, desenvolvendo maquinários específicos para o plantio e colheita em grande escala. O objetivo é superar a falta de mecanização na cultura do agave.

 

 A 3ª fase, “Brave Ind”, também está a cargo do Senai Cimatec. O objetivo nesta etapa é superar a falta de mecanização na cultura do agave.




Em suma, fica evidente que o agave desempenha um papel fundamental na produção de energia limpa, sendo uma solução promissora para a busca por alternativas renováveis e sustentáveis. Seu cultivo e aproveitamento na região do Nordeste têm potencial para impulsionar significativamente o desenvolvimento econômico local, gerando empregos e abrindo novas possibilidades para os agricultores da região. Além disso, ao contribuir para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, o agave pode desempenhar um importante papel na luta contra as mudanças climáticas, promovendo uma transição energética mais limpa e sustentável. Portanto, é primordial que haja investimentos e incentivos para o cultivo dessa planta no Nordeste, a fim de aproveitar ao máximo seu potencial em benefício da energia renovável e do crescimento econômico regional.


Claudio Ramos 

Site de pesquisa : Poder360/ Embrapa 

09/09/2023

Baturité/ceara 


  






Governador Elmano de Freitas assina Projeto de Lei para viabilizar Programa Renda do Sol

 

Governador Elmano de Freitas


Durante a primeira live semanal do governador Elmano de Freitas, realizada nesta quarta-feira ( 9), o chefe do Executivo Estadual assinou o Projeto de Lei para viabilizar o Programa Renda do Sol. O projeto, que será coordenado pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará, visa reduzir a pobreza entre as famílias mais vulneráveis que moram na zona rural do estado, por meio da geração de energia solar. A Mensagem foi encaminhada para apreciação e votação na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).

Conforme Elmano de Freitas, o Ceará é um estado de riquezas naturais. Para que o projeto seja viável e possibilite frutos para as famílias que serão contempladas, o estado pretende capacitar as pessoas para trabalharem com as energias renováveis. “O Ceará tem o sol como uma grande riqueza. As famílias cearenses que são pobres, que moram no sertão, poderão produzir energia a partir do sol e poderão vender. Queremos formar 100 mil jovens em nossas escolas para trabalharem com energias renováveis. No futuro, queremos que o estado do Ceará e as prefeituras comprem a energia. Isso é muito importante para o nosso desenvolvimento. Para isso, queremos capacitar essas famílias e viabilizar o financiamento para que tenham suas usinas de energia solar”, defendeu o governador Elmano de Freitas.


"O Programa Renda do Sol surgiu com o propósito de promover o desenvolvimento sustentável para famílias de baixa renda da zona rural. Com isso, a população mais humilde dessas regiões terá a oportunidade de produzir sua própria energia a partir do sol, ajudando na sua sobrevivência e melhorando a renda familiar, através da venda dessa energia e a garantia da compra pelo governo do estado. Isso nos deixa muito felizes”, comemora o secretário da Infraestrutura do Ceará, Antônio Nei.

De acordo com o projeto, inicialmente serão implantados dois pilotos nos municípios de Jaguaribara e Tamboril, localidades onde mais de 160 famílias estão ligadas às atividades de produção de frutas, verduras e laticínios. Essas comunidades pleiteiam apoio para os custos de manutenção e produção, especialmente de energia.

Para o secretário executivo de Energia e Telecomunicações da Seinfra, Adão Linhares, o Projeto Renda do Sol deve melhorar significativamente a renda dessas famílias. “Diante da realidade atual em relação à renda mensal dessas famílias, existe a expectativa de que essa renda aumente em mais de 50% com o adicional gerado pelo Renda do Sol”, destaca Adão Linhares.



Sobre o projeto

O Projeto Renda do Sol é um programa do Governo do Ceará, que prevê a implantação de sistemas fotovoltaicos de Geração Distribuída para famílias de pequenos produtores rurais e de baixa renda em todo estado. Além disso, o programa tem como objetivo principal promover a distribuição de renda para famílias do meio rural de baixa renda, por meio da geração de energia a partir do sol, com a criação de pequenas usinas fotovoltaicas.

Como funciona a energia solar na zona rural?

Painéis fotovoltaicos são instalados nos telhados da propriedade ou no terreno; Os painéis captam a radiação solar da luz do Sol; A energia solar gerada é convertida, através do inversor solar, em energia elétrica; O excedente é injetado na rede pública de energia, se não consumido, ou armazenado em baterias
Informações da ASCOM
Baturité 09/09/2023

Informações da ASCOM

08/09/2023



Escravidão no Brasil: Uma História de Resistência e Injustiça que Ecoa até Hoje

  A história da escravidão no Brasil é uma das mais trágicas e complexas da história mundial, marcada por séculos de exploração brutal de pe...