segunda-feira, 11 de setembro de 2023

MST e agricultura orgânica: o caminho sustentável para combater os perigos dos agrotóxicos



Os agrotóxicos representam um perigo real para a saúde humana e é urgente que sejam barrados seu uso no Brasil. Durante os anos de 2019 a 2022, no governo Bolsonaro, foram liberados inúmeros tipos de agrotóxicos proibidos nos países produtores por conta de sua nocividade. Essa política de liberação de venenos na agricultura brasileira está colocando em risco a saúde de toda a população.


As consequências dos agrotóxicos na saúde humana são alarmantes. Estudos apontam que essas substâncias estão relacionadas a diversos problemas, como o desenvolvimento de doenças como câncer, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e malformações. Além disso, há impactos ambientais significativos, com a contaminação de solos e águas, prejudicando a biodiversidade.


Para controlar e minimizar o uso de agrotóxicos, é crucial que sejam tomadas decisões efetivas. Primeiramente, é necessário investir em pesquisas e no desenvolvimento de alternativas sustentáveis para a produção agrícola, como a agroecologia. Agricultores familiares e pequenos produtores devem ser incentivados a adotar práticas mais saudáveis e receber apoio técnico para isso.

Além disso, é fundamental fortalecer o papel dos órgãos responsáveis pela fiscalização e regulação dos agrotóxicos, garantindo que as análises de riscos levem em consideração a saúde humana e o meio ambiente. O processo de liberação de novos produtos deve ser transparente e baseado em estudos científicos independentes, de forma a evitar conflitos de interesse entre as indústrias e os órgãos governamentais.

Na contramão dessa política de liberação de venenos na agricultura brasileira, surge o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Reconhecendo os perigos dos agrotóxicos, o MST tem produzido produtos orgânicos e direcionado para a merenda escolar das escolas brasileiras. A produção de arroz pelo MST, inclusive, já se tornou a maior da América Latina.


Essa iniciativa do MST mostra que é possível produzir alimentos saudáveis de forma sustentável e socialmente justa. É preciso que o Estado brasileiro priorize a produção de produtos saudáveis para a alimentação dos brasileiros, apoiando movimentos como o MST e investindo em políticas públicas que estimulem a produção orgânica e agroecológica.

A população brasileira tem o direito de ter acesso a uma alimentação saudável, livre de substâncias tóxicas. É responsabilidade do Estado garantir a segurança alimentar e promover a saúde pública, através do incentivo à produção de alimentos livres de agrotóxicos. Somente dessa forma será possível proteger a saúde da população e preservar o meio ambiente, garantindo um futuro sustentável para todos.

Claudio Ramos 
11/09/2023

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