De acordo com dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), a atividade agropecuária é responsável por 10% do PIB da macrorregião. O Produto Interno Bruto (PIB) do Maciço representa, atualmente, cerca de 2% do PIB do Estado.
De acordo com estudo socioeconômico feito pelo Sebrae, o Maciço de Baturité produz cerca de 101 mil toneladas de produtos de Lavoura permanente. Desse valor, a banana é responsável por 90 mil toneladas. Sozinho, o produto responde por 87,4% da produção regional, gerando pouco mais de R$ 41 milhões para a economia local. Os maiores produtores do produto estão sitiados em Redenção, Baturité, Pacoti e Aratuba.
No entanto, uma preocupação surge diante desses números promissores. A Central de Abastecimento do Estado do Ceará (CEASA), localizada na capital, recebe mensalmente cerca de 994 caminhões carregados com produtos provenientes do Maciço de Baturité. Isso representa 15% de tudo que chega ao centro de distribuição.
Com a retomada do café orgânico, a região tem a oportunidade de resgatar seu legado e se destacar novamente como uma importante produtora dessa cultura. O cultivo orgânico do café tem se mostrado uma tendência crescente, pois os consumidores estão cada vez mais conscientes da importância da produção sustentável e livre de agrotóxicos.
Além do aspecto ambiental, o café orgânico também possui um grande apelo de mercado. Os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos que sejam cultivados de forma responsável, o que traz benefícios tanto para os agricultores locais quanto para a economia regional.
Com o retorno do café orgânico no Maciço, é possível vislumbrar um futuro promissor para a região. A produção do café pode gerar empregos, aumentar a renda dos agricultores e impulsionar o desenvolvimento econômico local. Além disso, a produção orgânica também contribui para a preservação do meio ambiente e para a promoção da saúde dos consumidores.
Dessa forma, o retorno do café orgânico no Maciço representa não apenas a esperança de prosperidade, mas também a oportunidade de um desenvolvimento sustentável. A região pode voltar a ser reconhecida como uma referência na produção de café, trazendo benefícios tanto para os agricultores quanto para toda a comunidade.