Após a promulgação da Constituição de 1988, o Brasil passou por importantes transformações em diversos aspectos sociais. Um dos pilares dessa mudança foi a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), que garantiu o direito de todos os brasileiros ao atendimento médico. Antes disso, o acesso à saúde era limitado e desigual.
Outro dado relevante do pós-constituição é a queda expressiva na taxa de
analfabetismo. Em 1970, cerca de 43% da população brasileira era analfabeta.
Esse número diminuiu para 33% em 1980, chegando a apenas 7% em 2017 e
atualmente está em torno de 4%. Esses números revelam a importância das
políticas de educação implementadas após a Constituição e refletem o combate à
miséria e negligência do governo.
A mortalidade infantil também apresentou uma redução significativa. Durante a Ditadura Militar, no auge do regime, 115 bebês a cada mil nascidos vivos não sobreviviam. Atualmente, esse número diminuiu para 12 bebês em cada 1000 nascidos vivos. Essa melhora na saúde infantil demonstra os avanços no sistema de saúde e nas políticas públicas voltadas para a proteção das crianças.
No campo da educação, os números também são animadores. Antes da
Constituição, os homens estudavam em média apenas 2,5 anos, enquanto as
mulheres estudavam por aproximadamente 1 ano e 9 meses. Os negros tinham uma
média de apenas 9 meses de estudo. Em 1970, houve um pequeno aumento nessas
médias, mas o grande salto ocorreu após a implementação da Constituição Cidadã.
Em 2017, os homens estudavam em média 8,9 anos, as mulheres 9,3 anos e os
negros 8,2 anos. Esses números mostram um avanço extraordinário na área da
educação e refletem o aumento do acesso e da permanência dos brasileiros na
escola.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) também é um indicador importante para medir a qualidade de vida da população. Em 1970, o Brasil possuía um IDH de 0,437, enquanto em 2020 o índice chegou a 0,720, próximo aos países desenvolvidos. Esse avanço no IDH demonstra a evolução social do país ao longo das últimas décadas.
No entanto, apesar das conquistas, ainda existem desafios a serem
enfrentados.
Atualmente, o acesso à água potável atinge cerca de 80% da população, mas ainda
há cerca de 100 milhões de pessoas sem acesso à rede de esgoto, o que
representa um grande desafio a ser superado.
Outro desafio é o salário mínimo, que ainda não está em um patamar que permita aos trabalhadores brasileiros terem acesso a muitos serviços básicos. Além disso, a concentração da riqueza nas mãos de poucos é uma aberração que precisa ser equacionada. Atualmente, apenas 6 brasileiros detêm a mesma riqueza que metade da população, o que evidencia a desigualdade social no país.
Diante desses desafios, é importante que os brasileiros permaneçam
vigilantes e não permitam retrocessos. As conquistas alcançadas com a
implementação da Constituição precisam ser preservadas e ampliadas. É
necessário lutar por um Brasil mais justo e igualitário, onde todos tenham
acesso a serviços básicos e onde a riqueza seja distribuída de forma mais
equitativa.
Portanto, ao comemorarmos os 35 anos da promulgação da Constituição Cidadã é fundamental que os brasileiros não se deixem levar por
discursos extremistas e se mantenham esperançosos. O país já demonstrou que é
capaz de avançar e superar desafios. Com o engajamento de todos, é possível
construir um Brasil melhor para todos os seus cidadãos.
Claudio Ramos
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