sábado, 30 de setembro de 2023

A religião como fachada: A instrumentalização de Deus como escudo para legitimar ações bélicas e posições políticas controversas


A afirmação de que as grandes guerras no mundo foram todas em nome de Deus é, na verdade, um equívoco. Enquanto algumas guerras ao longo da história tiveram motivações religiosas, muitas outras foram motivadas por razões políticas, econômicas ou territoriais. É importante reconhecer que conflitos armados são complexos e normalmente envolvem múltiplos fatores.


No entanto, é verdade que o nome de Deus foi frequentemente utilizado como uma justificativa para as ações de rebeldes, reis e opositores. A religião tem sido frequentemente manipulada para incitar conflitos ou para dar uma base moral às ações de diferentes partes envolvidas em uma guerra. Infelizmente, o uso inadequado da religião em nome da justiça divina levou a inúmeras tragédias e ações violentas ao longo da história.

Nos dias atuais, políticos também podem usar Deus ou a religião como uma forma de legitimar suas agendas políticas. Isso é um problema grave, pois acaba por instrumentalizar a religião de maneira seletiva e oportunista, muitas vezes para conseguir apoio ou incitar divisões entre as pessoas. A mistura entre religião e política pode ser perigosa, pois pode levar a uma polarização ainda maior e a uma falta de respeito pelos direitos e crenças dos outros.

Devemos ter cuidado ao interpretar e usar a religião para justificar conflitos ou promover agendas políticas. É fundamental lembrar que a religião pode ser uma força positiva para muitas pessoas, trazendo conforto espiritual e orientação moral. No entanto, quando utilizada de forma inadequada, a religião pode ser usada para justificar ações violentas e promover o ódio.

É importante promover o respeito mútuo, a tolerância religiosa e o diálogo construtivo para superar essas divisões e prevenir o uso indevido da religião. A paz e a harmonia entre diferentes grupos religiosos são alcançadas quando enfatizamos os valores compartilhados de amor, compaixão e justiça, ao invés de alegar superioridade ou usar a religião como arma.

Claudio Ramos 
Baturité / Ce 



quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Superando obstáculos: O desafio do governo brasileiro na prevenção e combate às enchentes e deslizamentos


Desastres naturais causados pelo desequilíbrio da natureza têm se tornado cada vez mais frequentes ao redor do mundo. Esses eventos impactam a vida de milhões de pessoas e deixam rastros de destruição e morte. No entanto, muitos desses desastres têm relação direta com as atividades humanas, que contribuem para o desequilíbrio ambiental.


Um dos principais desastres naturais que tem afetado várias regiões é o aumento das enchentes. A urbanização desordenada e a destruição de áreas de preservação ambiental para a construção de cidades têm impacto direto na capacidade do solo em absorver a água da chuva. Além disso, a falta de planejamento urbano e a ocupação irregular de encostas de morros e margens de rios são fatores que potencializam o risco de enchentes. O Brasil, por exemplo, tem enfrentado frequentes inundações em diferentes regiões do país, com consequências desastrosas para a população.


O desmatamento é outra atividade humana que contribui significativamente para o desequilíbrio ambiental e, consequentemente, para o surgimento de desastres naturais. A retirada da vegetação nativa compromete a estabilidade do solo, aumentando o risco de deslizamentos de terra e destruição de áreas habitadas. Um exemplo marcante foi a tragédia de Mariana, em Minas Gerais, onde o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração causou um "tsunami de lama", devastando comunidades inteiras e deixando centenas de mortos.

Além disso, as atividades industriais e a queima de combustíveis fósseis têm contribuído para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, resultando em mudanças climáticas significativas. Ondas de calor intensas têm sido cada vez mais frequentes, atingindo diversas partes do mundo. Isso não apenas traz desconforto para a população, mas também aumenta o risco de incêndios florestais e secas, afetando a agricultura, a fauna e a flora e, consequentemente, a segurança alimentar e a biodiversidade.


No Brasil, além das enchentes já mencionadas, outro desastre natural de grande impacto tem sido o desmatamento da Amazônia. A destruição de grandes áreas de floresta tem efeitos devastadores não apenas para a biodiversidade, mas também para o equilíbrio climático. A Amazônia é conhecida como o "pulmão do mundo", e sua preservação é fundamental para o controle do clima global. No entanto, interesses econômicos, como a exploração madeireira e agropecuária irresponsável, têm resultado na derrubada indiscriminada de árvores, ameaçando esse importante ecossistema.


Para solucionar esse grave problema, é necessário repensar nossa relação com o meio ambiente e adotar práticas sustentáveis em todos os aspectos da sociedade. Investir em planejamento urbano adequado, preservação de áreas de preservação ambiental, redução das emissões de gases de efeito estufa e fiscalização do cumprimento das leis ambientais são algumas medidas fundamentais. Além disso, é preciso conscientizar a população sobre a importância de preservar o meio ambiente e adotar hábitos mais sustentáveis em seu cotidiano. Somente com ações conjuntas e efetivas podemos reverter o desequilíbrio causado pelo homem e evitar a ocorrência de desastres naturais cada vez mais frequentes e danosos.

Claudio Ramos
14/09/2023


terça-feira, 12 de setembro de 2023

"Do leite das vacas à referência mundial: a história das vacinas e o desafio da cobertura vacinal no Brasil"



As vacinas são consideradas uma das maiores conquistas da medicina, salvando milhões de vidas ao redor do mundo. No entanto, poucos conhecem a origem dessas poderosas aliadas da saúde pública.

A história das vacinas remonta ao final do século XVIII, quando o médico inglês Edward Jenner observou que as vacas que contraíam varíola bovina não desenvolviam a varíola humana. Baseado nessa descoberta, Jenner fez experimentos nos quais inoculava o líquido proveniente das vesículas da varíola bovina em pessoas saudáveis. Os resultados foram surpreendentes: aqueles que recebiam a inoculação não contraiam a varíola humana.

Essa experiência pioneira de Jenner foi um marco na medicina e deu início ao estudo e desenvolvimento das vacinas. Desde então, a imunização se tornou uma ferramenta crucial para o controle e erradicação de diversas doenças.


O Brasil, ao longo dos anos, tornou-se referência mundial em vacinação, com programas eficientes e altos índices de cobertura vacinal. Graças a isso, doenças como a poliomielite, o sarampo e a rubéola foram praticamente eliminadas do país.

No entanto, nos últimos anos, enfrentamos um grave obstáculo para manter esses avanços: a negação da ciência por parte de um governo. Durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, vivenciamos um período em que a desinformação e o questionamento dos benefícios da vacinação se tornaram frequentes.


A defesa de medicamentos sem comprovação científica, como a cloroquina, e a disseminação de teorias conspiratórias sobre os efeitos das vacinas trouxeram consequências graves para a saúde pública brasileira. A cobertura vacinal, que antes era alta e mantinha doenças sob controle, sofreu uma queda histórica.

Como resultado, doenças que estavam controladas no país começaram a ressurgir. O sarampo, por exemplo, voltou a ser uma preocupação, atingindo especialmente crianças e jovens que não foram devidamente imunizados.

Diante desse desafio, é fundamental reconstruir os altos percentuais de cobertura vacinal no Brasil. O caminho envolve não apenas ações de conscientização e promoção da importância da vacinação, mas também a retomada do investimento em programas de imunização, bem como o fortalecimento das instituições de saúde pública.

A história das vacinas é marcada por grandes avanços e contribuições para a saúde da humanidade, mas, para que esses benefícios sejam efetivos, é crucial combater a desinformação e garantir que a ciência ocupe o lugar de destaque que merece.

Com  relação à vacinação antes e depois de 2019. Vale ressaltar que ano de 2019 foi marcado por uma série de acontecimentos no país, como a ascensão do Governo Bolsonaro, que constantemente expressou opiniões negativas em relação à vacinação, além da disseminação de informações anti-vacinação por diferentes canais, como as redes sociais.

Antes de 2019, o Brasil apresentava altas taxas de vacinação. Em 2018, por exemplo, o país alcançou uma cobertura vacinal superior a 95% para a maioria das vacinas do Programa Nacional de Imunizações, segundo dados do Ministério da Saúde. Esses números indicavam uma adesão positiva da população às vacinações recomendadas pelo programa, garantindo a proteção contra diversas doenças.


No entanto, após 2019, é possível observar um aumento nos índices de negacionismo e hesitação em relação à vacinação. Segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha em 2020, cerca de 22% dos brasileiros declararam que não tomariam a vacina contra a COVID-19, mesmo após ser disponibilizada. Outra pesquisa, conduzida pelo Instituto Ipsos em parceria com o Fórum Econômico Mundial, apontou que apenas 69% dos brasileiros estavam dispostos a se vacinar quando uma vacina contra a COVID-19 estivesse disponível, em comparação com médias mais altas registradas em outros países.

Essa relutância em relação à vacinação pode ser um reflexo da disseminação de informações falsas ou distorcidas, contudo, ressaltamos novamente que o negacionismo em relação à vacinação não pode ser atribuído unicamente ao Governo Bolsonaro, mas a uma multiplicidade de fatores.

É fundamental ressaltar que a vacinação é uma das principais medidas de prevenção de doenças, sendo essencial combater a desinformação e promover a conscientização sobre a importância das vacinas para a saúde pública.

Portanto, a reconstrução da cobertura vacinal no Brasil é um desafio urgente, que requer o engajamento de toda a sociedade para retomar o controle sobre doenças que, um dia, estiveram sob controle.

Claudio Ramos
13/09/2023


segunda-feira, 11 de setembro de 2023

MST e agricultura orgânica: o caminho sustentável para combater os perigos dos agrotóxicos



Os agrotóxicos representam um perigo real para a saúde humana e é urgente que sejam barrados seu uso no Brasil. Durante os anos de 2019 a 2022, no governo Bolsonaro, foram liberados inúmeros tipos de agrotóxicos proibidos nos países produtores por conta de sua nocividade. Essa política de liberação de venenos na agricultura brasileira está colocando em risco a saúde de toda a população.


As consequências dos agrotóxicos na saúde humana são alarmantes. Estudos apontam que essas substâncias estão relacionadas a diversos problemas, como o desenvolvimento de doenças como câncer, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e malformações. Além disso, há impactos ambientais significativos, com a contaminação de solos e águas, prejudicando a biodiversidade.


Para controlar e minimizar o uso de agrotóxicos, é crucial que sejam tomadas decisões efetivas. Primeiramente, é necessário investir em pesquisas e no desenvolvimento de alternativas sustentáveis para a produção agrícola, como a agroecologia. Agricultores familiares e pequenos produtores devem ser incentivados a adotar práticas mais saudáveis e receber apoio técnico para isso.

Além disso, é fundamental fortalecer o papel dos órgãos responsáveis pela fiscalização e regulação dos agrotóxicos, garantindo que as análises de riscos levem em consideração a saúde humana e o meio ambiente. O processo de liberação de novos produtos deve ser transparente e baseado em estudos científicos independentes, de forma a evitar conflitos de interesse entre as indústrias e os órgãos governamentais.

Na contramão dessa política de liberação de venenos na agricultura brasileira, surge o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Reconhecendo os perigos dos agrotóxicos, o MST tem produzido produtos orgânicos e direcionado para a merenda escolar das escolas brasileiras. A produção de arroz pelo MST, inclusive, já se tornou a maior da América Latina.


Essa iniciativa do MST mostra que é possível produzir alimentos saudáveis de forma sustentável e socialmente justa. É preciso que o Estado brasileiro priorize a produção de produtos saudáveis para a alimentação dos brasileiros, apoiando movimentos como o MST e investindo em políticas públicas que estimulem a produção orgânica e agroecológica.

A população brasileira tem o direito de ter acesso a uma alimentação saudável, livre de substâncias tóxicas. É responsabilidade do Estado garantir a segurança alimentar e promover a saúde pública, através do incentivo à produção de alimentos livres de agrotóxicos. Somente dessa forma será possível proteger a saúde da população e preservar o meio ambiente, garantindo um futuro sustentável para todos.

Claudio Ramos 
11/09/2023

sábado, 9 de setembro de 2023

Sertão brasileiro se prepara para inaugurar primeira biorrefinaria e impulsionar produção de biocombustíveis até 2024


Planta da família das leguminosas: Agave

O Agave é uma planta suculenta que pertence à família Agavaceae. Essa planta é nativa do México e é conhecida por suas folhas carnudas e espinhosas, que formam uma roseta. Existem várias espécies de Agave, sendo que uma das mais conhecidas é o Agave tequilana, que é usado na produção de tequila.

Além disso, o Agave tem diversas utilidades. Suas folhas contêm fibras duráveis, chamadas de sisal, que podem ser usadas na fabricação de cordas, tapetes, sacos e outros produtos têxteis. O néctar do Agave também é usado como adoçante natural, sendo especialmente popular na produção de xarope de agave como alternativa ao açúcar refinado.

Outra utilidade do Agave é na produção de bebidas alcoólicas, como mencionado anteriormente. A planta é colhida, geralmente quando ela já atingiu a fase de florescimento, e sua cabeça é cortada para a extração do suco. Esse suco é fermentado e destilado para produzir a tequila e outros destilados de agave, como o mezcal.

Além das utilidades mencionadas, o Agave também é apreciado como planta ornamental devido às suas folhas características e pode ser cultivado em jardins e ambientes internos. No geral, o Agave é uma planta versátil e possui diversas utilidades em diferentes áreas.


Mas, não para por ai, a agave possui também um grande potencial na produção de biocombustível e essa descoberta foi observada bem como sua relação direta com a Região Nordestina. O resultado da ciência, pesquisa e a agave podem mudar a região economicamente.

A pesquisa é encabeçada pela Unicamp e a mega empresa a Shell que estão juntas desenvolvendo as pesquisas para transformar  a agave em biocombustível.

O sertão brasileiro deve receber a 1ª biorrefinaria para produção de biocombustíveis em 2024. A usina terá um papel importante no desenvolvimento de uma pesquisa que promete revolucionar o semiárido do país e transformar a realidade socioeconômica de uma região marcada pela escassez de recursos. O projeto Brave (sigla em inglês para Desenvolvimento do Agave Brasileiro), encabeçado pela Shell, Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Senai Cimatec, estuda o potencial energético do agave. A planta da espécie das suculentas pode se tornar uma alternativa à cana de açúcar e ao milho na produção  de etanol e biogás no interior do nordeste e povoar a região com parques de biorrefino.

O agave tem como uma de suas principais vantagens a capacidade de crescer no terreno semiárido típico da Caatinga, onde outras matérias primas de biocombustíveis não são capazes de se desenvolver.

O gerente de Tecnologia de Baixo Carbono da Shell no Brasil, Alexandre Breda, disse que descobriu sobre o agave através de conversas com pesquisadores e a planta chamou sua atenção pelo seu potencial energético, mas também pela possibilidade de se criar uma nova indústria no sertão brasileiro. “O nosso objetivo é desenvolver o agave como uma nova biomassa para produção de biocombustíveis”, afirmou Breda. “Ela tem essa habilidade de crescer onde nada mais cresce. Então imagina o potencial que isso pode ser como geração de renda, como geração regular para a região”.

 

Além disso, a experiência do Brasil com biocombustíveis facilitou a decisão da empresa em investir no projeto. Com o domínio do país na produção do etanol da cana de açúcar, a Shell procura uma matéria prima que possa ser uma alternativa de produção na Caatinga.

 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui mais de 84 milhões de hectares de semiárido na Caatinga. Já a produção brasileira de cana de açúcar ocupa uma área de 8 milhões de hectares, aponta o Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

 


Na avaliação de Breda, o território amplo para o plantio do agave na região coloca a planta em um patamar acima das outras fontes de bicombustíveis. Contudo, Breda pontua que o agave não vem para substituir a cana de açúcar, mas para complementar a produção de biocombustíveis no país e trazer desenvolvimento sustentável para o sertão. “A gente está buscando é mais uma biomassa, para complementar a cana, para somar à cana, ao milho, para somar a outras biomassas que hoje produzem biocombustíveis. Então a cana de açúcar vai continuar sendo extremamente importante para São Paulo, Mato Grosso, Goiás; o agave não vem para competir aqui como a cana não vai competir no sertão”, declarou o executivo.

 

Em relação ao poder transformador econômico para a região, Breda afirmou que do ponto de vista logístico, não existe possibilidade do agave ser refinado em outras regiões do Brasil. Por isso, para explorar o potencial da planta é necessário a construção de biorrefinarias e de infraestruturas associadas à produção de biocombustíveis.  “Essa indústria de biomassa não dá pra você colher lá [sertão] e trazer a biomassa para o sudeste. Não tem como. Você tem que plantar lá e gerar uma nova indústria”, declarou Breda.


DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

 

O projeto Brave teve início em novembro de 2022 e é dividido em 3 etapas.

 

A 1ª, denominada “Brave Bio”, é liderada pela Unicamp e tem como objetivo selecionar as melhores variedades de agave para a produção de biocombustíveis no Brasil.

 

A 2ª etapa, “Brave Mec”, é responsabilidade do Senai Cimatec e tem foco na mecanização da produção, desenvolvendo maquinários específicos para o plantio e colheita em grande escala. O objetivo é superar a falta de mecanização na cultura do agave.

 

 A 3ª fase, “Brave Ind”, também está a cargo do Senai Cimatec. O objetivo nesta etapa é superar a falta de mecanização na cultura do agave.




Em suma, fica evidente que o agave desempenha um papel fundamental na produção de energia limpa, sendo uma solução promissora para a busca por alternativas renováveis e sustentáveis. Seu cultivo e aproveitamento na região do Nordeste têm potencial para impulsionar significativamente o desenvolvimento econômico local, gerando empregos e abrindo novas possibilidades para os agricultores da região. Além disso, ao contribuir para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, o agave pode desempenhar um importante papel na luta contra as mudanças climáticas, promovendo uma transição energética mais limpa e sustentável. Portanto, é primordial que haja investimentos e incentivos para o cultivo dessa planta no Nordeste, a fim de aproveitar ao máximo seu potencial em benefício da energia renovável e do crescimento econômico regional.


Claudio Ramos 

Site de pesquisa : Poder360/ Embrapa 

09/09/2023

Baturité/ceara 


  






Governador Elmano de Freitas assina Projeto de Lei para viabilizar Programa Renda do Sol

 

Governador Elmano de Freitas


Durante a primeira live semanal do governador Elmano de Freitas, realizada nesta quarta-feira ( 9), o chefe do Executivo Estadual assinou o Projeto de Lei para viabilizar o Programa Renda do Sol. O projeto, que será coordenado pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará, visa reduzir a pobreza entre as famílias mais vulneráveis que moram na zona rural do estado, por meio da geração de energia solar. A Mensagem foi encaminhada para apreciação e votação na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).

Conforme Elmano de Freitas, o Ceará é um estado de riquezas naturais. Para que o projeto seja viável e possibilite frutos para as famílias que serão contempladas, o estado pretende capacitar as pessoas para trabalharem com as energias renováveis. “O Ceará tem o sol como uma grande riqueza. As famílias cearenses que são pobres, que moram no sertão, poderão produzir energia a partir do sol e poderão vender. Queremos formar 100 mil jovens em nossas escolas para trabalharem com energias renováveis. No futuro, queremos que o estado do Ceará e as prefeituras comprem a energia. Isso é muito importante para o nosso desenvolvimento. Para isso, queremos capacitar essas famílias e viabilizar o financiamento para que tenham suas usinas de energia solar”, defendeu o governador Elmano de Freitas.


"O Programa Renda do Sol surgiu com o propósito de promover o desenvolvimento sustentável para famílias de baixa renda da zona rural. Com isso, a população mais humilde dessas regiões terá a oportunidade de produzir sua própria energia a partir do sol, ajudando na sua sobrevivência e melhorando a renda familiar, através da venda dessa energia e a garantia da compra pelo governo do estado. Isso nos deixa muito felizes”, comemora o secretário da Infraestrutura do Ceará, Antônio Nei.

De acordo com o projeto, inicialmente serão implantados dois pilotos nos municípios de Jaguaribara e Tamboril, localidades onde mais de 160 famílias estão ligadas às atividades de produção de frutas, verduras e laticínios. Essas comunidades pleiteiam apoio para os custos de manutenção e produção, especialmente de energia.

Para o secretário executivo de Energia e Telecomunicações da Seinfra, Adão Linhares, o Projeto Renda do Sol deve melhorar significativamente a renda dessas famílias. “Diante da realidade atual em relação à renda mensal dessas famílias, existe a expectativa de que essa renda aumente em mais de 50% com o adicional gerado pelo Renda do Sol”, destaca Adão Linhares.



Sobre o projeto

O Projeto Renda do Sol é um programa do Governo do Ceará, que prevê a implantação de sistemas fotovoltaicos de Geração Distribuída para famílias de pequenos produtores rurais e de baixa renda em todo estado. Além disso, o programa tem como objetivo principal promover a distribuição de renda para famílias do meio rural de baixa renda, por meio da geração de energia a partir do sol, com a criação de pequenas usinas fotovoltaicas.

Como funciona a energia solar na zona rural?

Painéis fotovoltaicos são instalados nos telhados da propriedade ou no terreno; Os painéis captam a radiação solar da luz do Sol; A energia solar gerada é convertida, através do inversor solar, em energia elétrica; O excedente é injetado na rede pública de energia, se não consumido, ou armazenado em baterias
Informações da ASCOM
Baturité 09/09/2023

Informações da ASCOM

08/09/2023



sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Renda do Sol: programa de incentivo à energia limpa é aprovado na Assembleia

 

O Projeto de Lei que viabiliza o Programa Renda do Sol, enviado pelo governador Elmano de Freitas, foi apreciado e aprovado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) nesta quarta-feira (6). A ação, que será coordenada pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará, visa reduzir a pobreza entre as famílias mais vulneráveis que moram na zona rural cearense, por meio da geração de energia solar.

O Renda do Sol é mais uma ação do Governo do Ceará que se alia a uma linha de objetivos estratégicos em prol de uma transição energética mais justa e limpa. Ao auxiliar cearenses de baixa renda, o Programa visa aproveitar uma das maiores riquezas naturais do estado, a luz solar, em benefício de sua população mais necessitada. Pequenas usinas fotovoltaicas também devem ser criadas.

Inicialmente serão implantados dois pilotos nos municípios de Jaguaribara e Tamboril, localidades onde mais de 160 famílias estão ligadas às atividades de produção de frutas, verduras e laticínios. Essas comunidades pleiteiam apoio para os custos de manutenção e produção, especialmente de energia. Tal medida representará um grande auxílio para a renda destas famílias.

Breve mais detalhes acerca do Programa Renda do Sol.

ASCOM 

O Perigo Silencioso: A Importância da Conscientização sobre a Prevenção do Suicídio

 



O mês de setembro é dedicado à conscientização da prevenção do suicídio, um tema que muitas vezes é ignorado ou negligenciado pela sociedade. O suicídio é um problema sério e alarmante, causando um grande número de mortes em todo o mundo. É preciso trazer luz a esse assunto tabu, que afeta muitas pessoas e suas famílias.

O suicídio é um ato extremo de desespero e angústia, uma manifestação de um sofrimento emocional profundo e duradouro. Infelizmente, o estigma associado ao tema cria uma barreira para que muitas pessoas busquem ajuda. Muitas vezes, aqueles que sofrem em silêncio se sentem isolados e sem esperança, incapazes de encontrar uma saída para sua dor, e acabam optando por encerrar suas vidas precocemente.



É fundamental entender que o suicídio não é apenas um problema individual, mas um reflexo de uma sociedade que falha em prover apoio emocional adequado. A prevenção do suicídio deve começar pela educação, tanto dos profissionais de saúde quanto da população em geral, para que todos saibam identificar os sinais de alerta e oferecer ajuda a quem precisa.

É importante ressaltar que a prevenção do suicídio não é uma tarefa exclusiva de médicos ou psicólogos, mas algo que todos podemos e devemos fazer. Pequenos gestos de compreensão e empatia podem fazer uma grande diferença na vida de alguém que está passando por um momento difícil. Ouvir, oferecer apoio e encorajar a busca por ajuda profissional são passos importantes na prevenção do suicídio.



Além disso, é essencial quebrar o tabu e falar abertamente sobre o assunto. A conscientização e a divulgação de informações corretas sobre o suicídio podem ajudar a reduzir o estigma e encorajar as pessoas a procurarem ajuda quando necessário. É necessário que a sociedade como um todo assuma o compromisso de criar um ambiente de acolhimento e compreensão, onde os indivíduos sintam-se seguros para compartilhar seus sentimentos e buscar suporte emocional.

Portanto, neste mês dedicado à conscientização da prevenção do suicídio, é fundamental que promovamos a reflexão e a ação. Cabe a cada um de nós assumir nossa responsabilidade na construção de uma sociedade mais solidária e compassiva. Devemos combater o estigma, apoiar os necessitados e, acima de tudo, lembrar que a vida é valiosa e que sempre há esperança. Juntos, podemos fazer a diferença e salvar vidas.

Claudio Ramos
07/09/2023

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Baturiteense e Quilombola Joyce Ramos é a nova Ouvidora Externa do Estado do Ceará.

 

Ouvidora Externa do Estado Joyce Ramos


Nascida em Baturité (CE), Francisca Joicemeiry Ramos de Brito tem 41 anos e é quilombola da Serra do Evaristo. Graduada em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), ela atua há mais de 25 anos em prol de jovens, mulheres e trabalhadores(as) do campo e da cidade. Foi indicada à eleição da Ouvidoria da Defensoria pela Associação de Cooperação Agrícola do Estado (Acace).  

A Ouvidoria Geral

A Ouvidoria Geral Externa da Defensoria Pública do Estado do Ceará foi criada em 2010 pela Lei Complementar nº 91/2010 e tem o objetivo de promover a democracia participativa e o controle social no âmbito da Instituição, assegurando o direito à população cearense de fiscalizar, elogiar, reclamar, sugerir e indicar as suas demandas e prioridades.

Funções da Ouvidoria Externa :

  • Receber e encaminhar ao Corregedor-Geral representação contra membro
  • s e servidores da Defensoria Pública do Estado, assegurada a defesa preliminar;
  • Propor aos órgãos de administração superior da Defensoria Pública do Estado medidas e ações que visam à consecução dos princípios institucionais e ao aperfeiçoamento dos serviços prestados;
  • Elaborar e divulgar relatório semestral de suas atividades que conterá também as medidas propostas aos órgãos competentes e a descrição dos resultados obtidos;
  • Participar, com direito a voz, do Conselho Superior da Defensoria Pública do Estado;
  • Promover atividades de intercâmbio com a sociedade civil;
  • Estabelecer meios de comunicação direta entre a Defensoria e a sociedade, para receber sugestões e reclamações, adotando as providências pertinentes e informando os resultados aos interessados;
  • Contribuir para a disseminação das formas de participação popular no acompanhamento e na fiscalização da prestação dos serviços realizados pela Defensoria Pública;
  • Coordenar a realização de pesquisas periódicas e produzir estatísticas referentes ao índice de satisfação dos usuário, divulgando os resultados.


Hoje Joyce Ramos faz parte do Movimento Brasil Popular, atuando no setor de Mulheres, na articulação política com o Campo sindical, popular e progressista e atuando nos territórios de Fortaleza através da luta das cozinhas populares, da luta por moradia, saneamento básico, trabalho e renda par a população  cearense.

"Com muita alegria sou  à Ouvidora Externa da Defensoria Pública e  conto com seu apoio para juntas, juntos e juntes fortalecer a luta da classe trabalhadora". Afirmou Joyce Ramos

A comunidade Quilombola do Evaristo esta em festa e prepara uma festa para a posse simbólica da ilustre filha da comunidade no próximo dia 15 de setembro na Serra do Evaristo. 

Claudio Ramos 
07/09/2023


Escravidão no Brasil: Uma História de Resistência e Injustiça que Ecoa até Hoje

  A história da escravidão no Brasil é uma das mais trágicas e complexas da história mundial, marcada por séculos de exploração brutal de pe...