A eleição
para prefeitos e vereadores de 2024 se destaca por diversos motivos que muitos
podem não perceber. Em um Brasil marcado pela polarização política, é crucial
observar se essa polarização se reflete nos municípios, especialmente no
Nordeste. Essas eleições municipais servem como um indicativo para a eleição
presidencial subsequente, como se fossem o "pré-jogo" para o pleito
nacional.
É interessante notar como os
partidos políticos mudam de sigla ou se fundem para tentar esconder seus
escândalos e dar a impressão de que representam uma nova alternativa. Isso é
particularmente comum nos partidos de direita, como exemplificado na história
política do país. A Arena transformou-se no PDS, o PFL evoluiu para o DEM, o
PMDB se tornou MDB, o PTB se uniu ao Patriota para criar o PRD, entre outros
exemplos. Curiosamente, todos esses partidos têm uma inclinação política à
direita.
Neste cenário, os partidos de
esquerda parecem ser mais fiéis aos seus princípios originais que motivaram sua
fundação. Nas eleições municipais, os políticos mudam de partido com
frequência, o que exige atenção por parte do eleitor. Em 2022, a maioria dos
deputados federais eleitos apresentava uma postura conservadora e extremista, o
que dificulta os avanços necessários para o país. E tudo isso começa nas
eleições municipais.
Portanto, é crucial estar atento
às mudanças de siglas partidárias nos municípios e compreendê-las como parte da
preparação para a eleição presidencial, mantendo a atual hegemonia política que
não é benéfica para a população brasileira.
A escolha pelo histórico do Partido, do que defendem, deveria ser o ponto de partida para a escolha dos candidatos nas eleições municipais. Os partidos que estão atacando os projetos sócias que melhoram a vida dos brasileiros devem ser olhados com bastante atenção pelos eleitores municipais. Lembremos que eleição não é festa de sorrisos e tapinha nas costas. É coisa muito séria.
Claudio Ramos.