Marielle &Anderson |
A prisão dos suspeitos de
envolvimento no assassinato brutal da vereadora Marielle Franco e de seu
motorista, Anderson, no Rio de Janeiro, trouxe à tona não apenas a barbárie
desse crime, mas também uma reflexão profunda sobre a relação entre a política e
as organizações criminosas, como as milícias.
É alarmante perceber como certos políticos, como
Domingos e Chiquinho Brazão, há anos eleitos e reeleitos no Rio de Janeiro,
estão supostamente ligados a atividades criminosas e à máfia dos terrenos. Essa
conexão obscura entre política e criminalidade não apenas compromete a
integridade do sistema democrático, mas também coloca em risco a vida e a
segurança dos cidadãos.
O que é ainda mais preocupante é como esses
políticos conseguem se manter no poder e, através dos cargos públicos que
ocupam, perpetuam suas redes de influência e proteção. Eles não apenas utilizam
a máquina pública para seus próprios interesses, mas também nomeiam aliados e
cúmplices dentro do governo, criando uma teia de corrupção e impunidade.
Essa situação levanta questionamentos sobre a
profundidade da infiltração do crime organizado na política brasileira e o quão
enraizado esse problema pode estar em todo o país. É um sinal alarmante da
fragilidade de nossas instituições e da necessidade urgente de uma reforma
política e de segurança pública que combata efetivamente essas práticas
nefastas.
Além disso, é fundamental que a prisão dos
suspeitos do assassinato de Marielle Franco e Anderson não seja apenas um
momento de alívio e justiça para suas famílias e para a sociedade, mas também
um ponto de virada na luta contra a corrupção e o crime organizado no Brasil.
Devemos nos manter vigilantes e exigir transparência, responsabilização e
reformas que fortaleçam nossas instituições e garantam a segurança e o
bem-estar de todos os cidadãos.
Claudio Ramos