O Brasil continua imerso em uma sombra de golpe que se estende
desde 2014, uma espiral golpista que a cada ano só avança. Esta empreitada,
alimentada por setores da sociedade e pela grande imprensa, especialmente, são
instrumentos poderosos para moldarem o pensamento da nação. Somou-se a isso uma
operação política e midiática, junto à operação judicial chamada Lava Jato,
conduzida por um Juiz parcial, Sergio Moro. Tudo isso, somado, formou o
caldeirão perfeito para desestabilizar o País, resultando na destituição de uma
Presidente eleita democraticamente, Dilma Rousseff, e na prisão do principal
líder da esquerda brasileira, Luiz Inácio Lula da Silva.
A classe rica do Brasil se incomodou com os avanços sociais e
econômicos sob os governos progressistas de Lula e Dilma Rousseff, enxergando o
risco de a direita não retornar ao poder político do Brasil. O resultado dessa
instabilidade custou caro ao país, que alcançara o posto de 6ª economia do
planeta e retirara milhões da pobreza.
Após o golpe, o Brasil voltou a cair na lista de lideranças
econômicas mundiais, retornando à 13ª economia, com o desemprego avançando, a
inflação retornando e o país voltando ao mapa da fome. Elegeu-se um Presidente
incompetente e golpista, Jair Bolsonaro, que liderou uma bagunça política e
econômica. Durante seu mandato, implantou um desmonte na economia, reduzindo as
políticas públicas exitosas dos governos petistas e afastando a participação da
população.
O governo extremista implantou políticas que estimularam o
armamento da população, promoveram o ódio entre as pessoas e a política do
"nós contra eles". Venderam estatais a preços abaixo da realidade, em
troca de propina. O pesadelo parecia não ter fim, ainda mais com a
irresponsabilidade diante da pandemia de COVID-19.
O negacionismo imperou, com o presidente desestimulando
políticas de proteção da população, negando a ciência e recomendando remédios
sem comprovação científica. Por trás disso, houve corrupção na compra das
vacinas, que teriam diminuído consideravelmente as mortes por COVID-19.
As atitudes irresponsáveis do Presidente Bolsonaro colaboraram
para o caos, como ficou provado na CPMI instalada no Congresso Nacional.
Passamos por uma eleição difícil, com tentativas de reeleição do presidente
Bolsonaro, sem sucesso, pois do outro lado estava agora elegível, após a
anulação dos processos contra ele, Luiz Inácio Lula da Silva.
Os brasileiros estão assistindo à extrema direita avançar no
Brasil, sob a colaboração da imprensa e de setores da sociedade brasileira. Os
extremistas se sentem à vontade para avançar, mesmo diante da corrupção de seus
representantes. Exemplos como os 18 prefeitos do Rio Grande do Sul, os
deputados bolsonaristas cassados por falcatruas, evidenciam esse cenário.
Mesmo com os avanços nítidos do governo, institutos de pesquisa
apontam queda substancial na popularidade do Presidente, após movimentos da
extrema direita. A população precisa se manifestar e defender a democracia, sob
pena de perdê-la. Não teremos um Lula para sempre. Os progressistas, ou melhor,
os brasileiros verdadeiramente patriotas, precisam se manifestar contra esse
retrocesso, sob o risco de perderem a democracia.
Claudio Ramos
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