A Secretaria de Saúde do Município retomou o tratamento da leishmaniose em Baturité. O tratamento para esta enfermidade estava suspenso deste março de 2020, causando preocupação aos que necessitam do tratamento, por conta da falta de um Médico infectologista na cidade os pacientes eram transportados para o vizinho município de Pacotí.
Cerca de 80 casos da enfermidade são acompanhados pelas equipes de Endemias que diante do problemas, solicitaram a Secretária de Saúde a resolução do caso. Com a autorização do Prefeito Herbelh Mota a Secretária de Saúde Dra Joana Vasconcelos contratou o médico infectologista Dr. Fraga que iniciou as consultas dia 08 do mês em curso. Os atendimentos acontecerão as quartas-feiras na Sede das Endemias de Baturité, Rua Padre Antônio Pinto, Centro.
O que é leishmaniose?
Leishmaniose é um tipo de doença
infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um
parasita.
Sua transmissão se dá por meio da
picada do mosquito-palha e essa condição é considerada majoritariamente
tropical, sendo mais comum em países de clima quente e úmido, como certas
regiões do Brasil.
Há a leishmaniose humana e a
leishmaniose canina, que afeta cachorros.
Quais são os tipos e os sintomas de leishmaniose?
Considera-se que existem dois tipos
de leishmaniose: a leishmaniose visceral e a leishmaniose cutânea.
A leishmaniose visceral também é
conhecida como calazar. Esse tipo de leishmaniose afeta os órgãos das vísceras,
como o baço e o fígado, além da medula óssea. Os sintomas da leishmaniose
visceral incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, perda de peso, diarreia,
fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de inchaço nos linfonodos.
De forma geral, a leishmaniose
visceral pode atingir crianças até os dez anos de idade e é considerada a forma
mais aguda da doença. Se seus sintomas não forem tratados, ela pode evoluir e
causar o óbito dos pacientes.
A leishmaniose cutânea também é
chamada de ferida brava, ou de leishmaniose tegumentar, e causa feridas na
pele, que podem evoluir para feridas nas mucosas, como a boca e o nariz. As
feridas causadas pela leishmaniose tegumentar são avermelhadas, ovaladas e com
bordas delimitadas.
A leishmaniose tegumentar é a forma
mais comum da doença, sendo que, dependendo do tipo, ela pode se curar de forma
espontânea.
Como é o tratamento da leishmaniose?
Uma vez que a leishmaniose foi
diagnosticada, com a ajuda, por exemplo, do médico infectologista, o tratamento
pode ser feito com diferentes medicamentos, no caso da leishmaniose visceral.
Os remédios podem ser combinados ou
não, e o objetivo é conter o parasita para que a pessoa possa voltar a ter sua
qualidade de vida.
Para a leishmaniose cutânea, é
preciso realizar um acompanhamento e uma boa higiene para evitar o surgimento
de úlceras e infecções, mas muitas vezes as feridas se curam de forma
espontânea.
Claudio Ramos
Cidades do Maciço dia-a-dia