segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Relato: O último dia do Brasil

31 de dezembro de 2018. Hoje é o último dia do Brasil. Nossa história e nossa memória como (projeto de) país acabam aqui. O que virá pela frente é simulacro e ruína. A partir de amanhã, nossos sonhos de uma nação fraterna, alegre, acolhedora e democrática despertam para a pior realidade possível. Silêncio, força e esquecimento. Não haverá mais civilidade nem racionalidade sobre as quais seja possível erguer qualquer coisa. Criança, não verás país algum. Os boçais e os banais venceram. E nos matarão - cultural, política e fisicamente.

A esperança tornou-se engenheira de uma obra que ruiu. 2019 marca o triunfo do cinismo e do ódio nestes tristes trópicos. O brasileiro médio, treinado e domesticado pelas fantasias estadunidenses de consumo e prosperidade, e aliviado com uma vitória de quem ele mal conhece sobre "ameaças" que ele mal consegue formular, nem sequer consegue perceber que lhe roubaram a autonomia, a privacidade, o discernimento.



Palhaço trágico, o "cidadão de bem" seguirá alheio, à concretude e à complexidade da vida; alheio ao outro, a si mesmo. Não poderá nem mesmo cuidar de seus sentimentos, terceirizado que está em sua fé (franqueada aos canastrões e canalhas do ramo) e seus desejos (embotados por produtos culturais ultraprocessados, lineares e redundantes). País nenhum pode ser construído à base da indiferença; a barbárie sim.




A estética determina nosso imaginário e nossa sensibilidade; e a estética que alimenta o brasileiro deixou de ser aquela voltada para a celebração e para a afirmação da vida. Tornou-se a estética restrita do consumo e da morte. Como nos ensina Leonidas Donskis, aquela morte silenciosa e eficaz operada pela tecnocracia implacável do grande capital, para onde a economia transferiu seus mecanismos de força e dominação - sem, no entanto, deixar de manter de sobreaviso os tanques e fuzis de praxe.




Viveremos a partir de 1 de janeiro de 2019 essa morte imensa, sem direito a lamento nem dor, que o medo e o cinismo fecharam as portas da nossa percepção. O Brasil termina hoje. Aqui e agora. Celebremos o que nos resta de país nessas últimas horas. A partir de amanhã, haverá apenas o cheiro de carne podre de uma República cronicamente inviável. E, sobre ela, as moscas da religião, da grana e da política regurgitando mentiras, violência e ódio. É chegado o tempo da farsa. 


https://blogrelato.blogspot.com/2018/12/o-ultimo-dia-do-brasil.html








Relato: O último dia do Brasil: Quadro de Roberto Chichorro: a memória de um país alegre e acolhedor se encerra hoje.  31 de dezembro de 2018. Hoje é o último dia do ...

sábado, 29 de dezembro de 2018

NO NOVO BRASIL, NÃO HÁ ESPAÇO PARA OS EDUCADORES


Os professores em 2019, terão um reajuste tirando a inflação que fechou em 3,56% de cerca 0,5% segundo a informação da Confederação Nacional dos Municípios. Esta é a realidade da importância que o Novo Brasil dar ao Magistério. Enquanto os senhores do STF promovem um aumento em seus próprios salários de 16% com direito a auxílio moradia e tudo.

De acordo com a Lei 11.738/2008, que instituiu o piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, o valor do piso é atualizado anualmente, no mês de janeiro, com o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno dos anos iniciais do ensino fundamental urbano do Fundeb nos dois exercícios imediatamente anteriores.
Como os valores efetivamente realizados do Fundeb somente são conhecidos no mês de abril do ano subsequente, o MEC utiliza os valores mínimos por aluno/ano dos anos iniciais do Fundeb estimados nos dois anos anteriores.

O Piso Nacional do Magistério foi criado no governo do Ex-presidente Lula com o objetivo de recuperar a remuneração dessa importante classe de trabalhadores, formadores de mentes pensantes.
Em 16 de julho de 2008 era sancionada a Lei 11.738/08 – a Lei do Piso Salarial Profissional do Magistério. Considerada, à época, um enorme avanço na valorização dos profissionais da educação, a lei foi comemorada por sindicatos, associações, entidades e profissionais diversos, que lutam por educação pública e de qualidade neste país.

A lei apresenta dois fatores determinantes para a valorização profissional e para a qualidade de vida dos profissionais da educação básica pública. Primeiro, fixa um valor para o piso profissional nacional, ou seja, um salário mínimo a ser pago a qualquer profissional em qualquer lugar do território brasileiro. Depois, reserva um espaço mínimo de tempo, dentro da jornada de trabalho, para que o profissional execute atividades de planejamento, estudo, preparação e correção de conteúdos e avaliações.

Assim, em 10 anos, o Piso Nacional do Magistério evoluiu 101,04%. No mesmo período, o INPC acumulou 54,45%.
 
Nos últimos anos os reajuste foram de   22,22% em 2012, 2013 o reajuste foi de 7,97%,2014 reajuste de 8,32%, 2015 reajuste de 13,01%,2016 reajuste de 11,36%,2017 reajuste de 7,64%, 2018 reajuste de 6,81% e a projeção para o reajuste de 2019 é de 4,1745% o menor da série. O cálculo é feito da diferença do valor aluno do ano anterior subtraído pelo valor do ano subsequente, é retirado um percentual que a partir de então se aplica o reajuste do Piso salarial do Magistério. A CNM estima que o piso nacional dos professores deve ser reajustado em 4,17% em janeiro de 2019 em relação ao valor do piso definido para 2018. Assim, o valor do piso do magistério, de R$ 2.455,35 em 2018, passará a ser de R$ 2.557,74 em 2019, um acréscimo de  R$ 123,00( Cento e vinte e três reais). Em novembro de 2018, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos dozes meses ficou em 3,56%. Fazendo uma conta simples verifica-se que o aumento acima da inflação é de pouco mais de 0,5%.

Some-se a isso o não cumprimento pelos prefeitos de alguns municípios que até agora não repuseram o piso do ano passado. Lembramos também a luta dos professores através dos sindicatos para terem os reajustes aplicado no começo do ano como manda a lei. A Escola sem partido que infernizou a vida desses educadores nos últimos anos.

Professores de Baturité impedidos de entrar na escola Domingos Sávio
Professores sendo constantemente desrespeitados em cidades do interior do Brasil, aqui no Maciço de Baturité são muitas as manifestações contra os professores, Baturité, Aracoiaba, Capistrano, Itapiúna, onde estes profissionais foram desrespeitados nos últimos anos, seja pela demora de pagar a reposição do piso, seja por atrasos no pagamento dos salários.

QUERIDO PAPAI NOEL PAGUE OS MESES DE NOVEMBRO E DEZEMBRO AOS PROFESSORES DE ÍTAPIÚNA. 

A Educação parece ser um custo para a nova realidade brasileira, talvez seja por conta que esses profissionais produzem mentes pensantes, com capacidade de acabar com o modelo desejado por quem está no poder. O teto dos gastos aprovados pela maioria dos deputados em 2016 cumpre este papel de limitar investimentos na área da educação. Uma sociedade sem visão crítica é o que querem, para que possam manipular ao seu bel prazer, através de fake's e produção de informações direcionadas.

A sociedade atônita em parte não enxerga ou não quer enxergar esta realidade que estar sendo imposta. O Brasil experimentou nos últimos governos, aumento do número de Universidades (18), Escolas técnicas (288), aumento do número de universitários (7,5 milhões), investimento na pesquisa cientifica com o intercâmbio de estudantes com outros Países, ocorridos de 2003 a 2014 não pode e não deve ser esquecidos. Não podemos retroagir ao ponto de ignorarmos estas conquistas.  

Brasileiros cuidemos de nosso País sob pena de sermos dominados por quem não tem interesse em nosso crescimento e esse cuidado passa necessariamente pela valorização do professor, pelos governantes e principalmente pela sociedade brasileira. 

Claudio Ramos



segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

CÂMARA MUNICIPAL DE BATURITÉ TEM NOVA DIRETORIA





Mesa Diretora da Câmara Municipal de Baturité - Biênio 2019/2020


A história da política de Baturité, ganhou nesta segunda-feira (17) um novo capitulo. Desta vez a casa Legislativa elegeu a vereadora Simony Coutinho de Freitas Feitosa. A nova presidente é casada com o empresário Alexandro Feitosa (Neguin) que se dedicou pessoalmente na articulação da eleição de Simony. A vereadora  estar no segundo mandato é servidora pública do município agora encara um novo desafio.

A disputa deste ano ganhou contornos novos com o lançamento de última hora da chapa que teve a frente a Vereadora Socorro Araújo, no apagar das luzes. A chapa da vereadora Simony foi apresentada no dia 22 de outubro, em uma reunião realizada na residência da Vereadora eleita presidente. Com ela assinaram a chapa os vereadores(as) : Clarissa Calado, vice-presidente, Marcos Reis 1º Secretário e Edileusa Paiva 2º Secretario, e com o apoio dos vereadores Gildo Barros, Marcelo Cardoso, Luciano Furtado e após alguns dias veio se juntar ao apoio o vereador Vagné Nogueira.

A eleição para o biênio 2019/2020 gerou grande expectativa nos bastidores, comum em eleições da casa. Boatos de que haveriam mudanças de última hora circulavam pela cidade na chamada boca miúda.  É bem verdade que os baturiteenses já foram surpreendidos mais de uma vez com estas mudanças, “gato escaldado tem medo de água fria”.

Em fim a eleição ocorreu sem nenhuma surpresa, por 8 (oito)  votos a 5 (cinco), a eleição se consumou. Resta agora saber qual será o diálogo entre os dois poderes, executivo e legislativo. No comando de Renaldo Braga o prefeito municipal, conseguiu emplacar a mudança de regime, criação do IPM (Instituto de Previdência Municipal), cruciais para o projeto de governo do prefeito Assis Arruda, também a renovação do Contrato com a Cagece, inclusive vetando as emendas apresentadas pelos vereadores de oposição, visando dar mais transparência a relação consumidor/empresa.

Aguardaremos este embate, que seja saudável e que quem verdadeiramente ganhe seja a população de Baturité, onde o bem estar dos que mais precisam dos serviços públicos devem o foco dos trabalhos.

É importante salientar que os chamados vereadores de “oposição” não agiram de forma politiqueira ou irresponsável, quando do período presidido por Renaldo Braga. O que se buscava era a aprovação de projetos que atendessem as necessidades da população. Os vários momentos em que discordaram do executivo, foi por entenderem que não seriam interessante e que em alguns momentos feriram o regimento interno da Câmara Legislativa, quando houve a necessidade de buscar a interferência do terceiro poder, o Judiciário para resolver algumas problemáticas.

A nova presidente junto com sua mesa diretora tem como objetivos principais reaproximar o poder legislativo da população, realizando sessões interativas nas comunidades além de incentivar o ida dos munícipes as sessões estes, se afastaram completamente da casa legislativa. 

A força das  mulheres agora vai conduzir os trabalhos na casa legislativa. 

Boa sorte Presidente e boa sorte Baturiteenses.


Claudio Ramos - Blog Cidades do Maciço dia-a-dia.
Fotos: redes sociais.

Escravidão no Brasil: Uma História de Resistência e Injustiça que Ecoa até Hoje

  A história da escravidão no Brasil é uma das mais trágicas e complexas da história mundial, marcada por séculos de exploração brutal de pe...