Justiça revoga prisão preventiva de dois investigados de Baturité após audiência de instrução
Dois baturitenses um conselheiro tutelar afastado, Paulo Henrique (bibi) e um ex-conselheiro tutelar Evanir Lopes foram soltos na tarde desta terça-feira, após decisão tomada durante audiência de instrução realizada no Fórum de Baturité. Eles estavam presos preventivamente desde 23 de setembro, após denúncia apresentada pelo Ministério Público do Ceará (MPCE).
As prisões haviam sido decretadas pela Vara Única Criminal de Baturité, a pedido da 3ª Promotoria de Justiça, que sustentou risco de obstrução da instrução criminal e possibilidade de reiteração delitiva. Na ocasião, também foram autorizadas buscas e apreensões nas residências dos investigados e quebra de sigilo telefônico, medidas destinadas a subsidiar a investigação.
Segundo a denúncia, os acusados teriam utilizado redes sociais — com mensagens temporárias para aliciar um adolescente, oferecendo vantagens e presentes em troca de omissão dos fatos e tentando marcar encontros. Eles respondem pelo crime previsto no artigo 218-B do Código Penal, que trata de favorecimento da prostituição ou exploração sexual de criança, adolescente ou pessoa vulnerável. O processo permanece sob sigilo.
Durante o andamento do caso, o defensor público Dr. Emerson Castelo Branco, responsável pela defesa, apresentou ao MPCE e ao Judiciário pedido de reversão da prisão preventiva, argumentando que não havia motivos suficientes para manter a medida extrema. A solicitação foi apreciada na audiência de instrução desta terça-feira, quando o juiz responsável entendeu que já não subsistiam os fundamentos que justificavam a prisão, concedendo liberdade aos investigados, que agora seguem respondendo ao processo em liberdade.
A ex-vereadora Clarissa Calado, que acompanha o caso desde o início, reforçou em diversas ocasiões sua confiança na inocência dos investigados e afirmou que aguardava que a Justiça analisasse com profundidade as provas apresentadas.
Com a revogação da prisão, os acusados permanecem à disposição da Justiça, enquanto a investigação segue em curso.
Matéria Claudio Ramos
Radialista e Estudante de Jornalismo
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