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A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) está desenvolvendo o Plano de Gestão Proativa de Secas, iniciativa inédita no Brasil voltada à antecipação e mitigação dos impactos da escassez hídrica nos sistemas de abastecimento de água. O plano é resultado das lições aprendidas durante o longo ciclo de estiagens que atingiu o Ceará entre 2011 e 2018.
A proposta rompe com o modelo tradicional de atuação reativa, adotando ações operacionais e institucionais previamente definidas, que são acionadas conforme a evolução da condição hídrica dos mananciais e dos sistemas de abastecimento. O objetivo é ampliar a segurança hídrica e reduzir os impactos sociais, econômicos e ambientais provocados pelas secas.
O plano está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos, e integra o conjunto de políticas estaduais voltadas à gestão proativa de secas. A metodologia utiliza uma abordagem de gestão de risco, com respostas escalonadas baseadas em indicadores hidrológicos e climáticos.
As ações são organizadas em quatro níveis de alerta — Normal, Alerta, Seca e Seca Extrema , cada um com medidas específicas, como antecipação de licitações, avaliação de instrumentos regulatórios e articulações institucionais. A estrutura permite decisões mais rápidas, previsíveis e coordenadas diante do agravamento da escassez hídrica.
A implementação do plano ocorre inicialmente por meio de um projeto piloto em oito municípios. O sistema de Crateús já teve o plano concluído, enquanto municípios como Senador Pompeu seguem em fase de desenvolvimento. Após a validação da metodologia, a Cagece prevê a expansão do plano para todos os municípios sob sua concessão, fortalecendo a capacidade do Ceará de enfrentar futuros períodos de seca com planejamento e antecipação.
Claudio Ramos
Radialista e Estudante de Jornalismo
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