A recente tragédia climática no Rio Grande do Sul escancarou a vulnerabilidade do estado frente a eventos extremos e revelou a negligência histórica na proteção do meio ambiente. Vamos aos dados:
Dados da Tragédia
- Mortes: 161 pessoas.
- Desaparecidos: 85 pessoas.
- Feridos: 806 pessoas.
- Pessoas Afetadas: 2,321 milhões.
- Pessoas Resgatadas: Mais de 82,666 mil.
- Animais Resgatados: 12,352 mil.
- Desalojados: 581 mil pessoas fora de suas casas.
- Em abrigos: Mais de 72,5 mil.
- Acolhidos por familiares ou amigos: 508,5 mil.
- Municípios Atingidos: 464 dos 497 municípios do estado.
- Cidades Atingidas: 94% das cidades.
Reflexão e Contexto
A culpa pela tragédia não pode ser atribuída somente à chuva intensa, mas também à irresponsabilidade na gestão ambiental e na preparação para desastres. Em 2024, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul alocou apenas R$ 50 mil para a compra de equipamentos da Defesa Civil, um valor extremamente baixo para um estado suscetível a eventos climáticos severos.
Durante o primeiro mandato do Governador Eduardo Leite (PSDB), 480 pontos do Código Ambiental foram alterados de uma só vez, enfraquecendo a legislação de proteção ambiental. O orçamento estadual para 2024 destinou apenas 0,2% dos recursos ao combate à crise climática, o que representa R$ 157 milhões de um total de R$ 83 bilhões. Em novembro de 2023, o governo comemorou a alocação dessa verba, claramente insuficiente diante da magnitude dos desafios.
Conclusão
A crise climática é uma realidade urgente que exige ação imediata e eficaz. O negacionismo climático e a falta de investimentos adequados em mitigação e adaptação agravam a vulnerabilidade da população e a frequência das tragédias. O caso do Rio Grande do Sul serve como um alerta: é preciso cobrar responsabilidade e comprometimento dos gestores públicos na proteção ambiental e na preparação para eventos extremos, garantindo a segurança e o bem-estar de todos.
Claudio Ramos
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