A
política desempenha um papel fundamental na sociedade democrática, pois é o
meio pelo qual as demandas da população são atendidas. No entanto, o sistema
político apresenta desafios que acompanham as escolhas feitas durante as
eleições. O voto direto é a maneira pela qual o eleitor manifesta sua escolha,
mas até chegar a esse momento, muitas coisas acontecem.
No Brasil, temos eleições a cada dois anos. A
primeira inclui a escolha do Presidente, Governadores, deputados federais,
deputados estaduais e senadores. Dois anos depois, acontecem as eleições
municipais, nas quais são eleitos prefeitos e vereadores. As eleições
municipais servem como uma preparação para a eleição de Presidente e
Governadores, pois os políticos utilizam essa fase para direcionar emendas
parlamentares com base na popularidade dos prefeitos, a fim de se prepararem
para as eleições para a Câmara Federal.
Essa dinâmica muitas vezes resulta na eleição de políticos que não possuem afinidade com as cidades onde conquistam votos. A exemplo as ações dos novos parlamentares nas Câmaras e assembleias Brasil afora. Em recente pesquisa realizada pela NOVO INDICE LEGISLA BRASIL que monitora a performance com base em critérios apresentação de projetos como atuação na fiscalização do poder executivo. Um desfile de absurdos e zero de produção. Na pesquisa dos 513 deputados na Câmara Federal 40 receberam pontuação máxima. Perto de terminar o primeiro ano da nova legislatura, no entanto, o desempenho dos parlamentares pode ser considerado frustrante: na média, o trabalho deles recebeu nota 3,6 — em uma escala de 0 a 10. A expectativa com a nova câmara era grande visto que a renovação foi de 40% das cadeiras legislativa. Parece que sangue novo não significa sangue bom.
Infelizmente os eleitos
desvirtuam o papel importante da função, após a vitória passando a se guiarem pelas
ideologias e ambições pessoais, fazendo da função pública projetos pessoais
de vida. O resultado disso é o descrédito da população com a política.
Para
solucionar esse problema, é necessário que o eleitor esteja consciente e
informado sobre quem está escolhendo para representá-lo em uma função tão
importante. A responsabilidade está em nossas mãos, e é por meio da
conscientização e informação que podemos garantir que os políticos eleitos
sejam verdadeiramente representantes de nossas cidades e interessem-se
verdadeiramente por suas demandas.
Claudio Ramos
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