terça-feira, 7 de novembro de 2023

PROBLEMAS COM A EMPRESA ENEL LEVANTA O TEMA DA PRIVATIZAÇÃO DE SETORES ESSENCIAS. O MITO DA PRIVATIZAÇÃO

 

As privatizações ocorridas entre 1990 e 1992 foram parte das reformas econômicas implementadas pelo governo na época. As privatizações  ganharam força no Governo do FHC  que visavam diminuir a participação do Estado na economia. Essas privatizações foram realizadas após décadas de investimentos públicos na criação de empresas estatais, e buscavam melhorar a eficiência desses serviços ao entregá-los à iniciativa privada.

No entanto, apesar dos benefícios que as privatizações trouxeram em diversos setores, como a ampliação da concorrência e a melhoria da qualidade dos serviços, que deveriam ser mas, não existe competição nos setores de energia por exemplo, muitas vezes esses processos não foram realizados com a devida atenção. Um exemplo disso é a privatização do setor elétrico brasileiro, que vem enfrentando problemas recentemente.


No estado do Ceará e na cidade de São Paulo, que tiveram  os serviços de fornecimento de energia privatizado em 2018, houve problemas com a Empresa Enel que administra o fornecimento de energia. No Ceará a empresa é campeã de reclamações e enfrenta uma CPI na Assembleia Legislativa do Estado. Em São Paulo o fornecimento de energia elétrica nos últimos dias sofreu interrupção após fortes chuvas, causando prejuízos significativos na ordem de r$ 500 milhões para a população e gerando protestos. Esse evento levanta reflexões sobre os perigos de privatizar serviços essenciais sem garantir a devida eficiência.

O Governos Municipal e do Estado de São Paulo estão tendo que responder aos protestos da população mais, na clara defesa da permanência das privatizações, o Governador do Estado estar inclusive tentando a Privatização da Sabesp, companhia que fornece agua para o Estado Paulistano.

Nesse contexto, tanto esquerdistas quanto direitistas se unem em protestos contra a privatização do setor elétrico e contra a empresa Enel, que adquiriu o direito de fornecer energia elétrica para os paulistas em 2018. Segundo os manifestantes, desde então, a empresa reduziu o número de funcionários em 35% e dobrou a lucratividade, o que evidencia a preocupação com a falta de eficiência na prestação do serviço.

Com isso, surge a reflexão sobre se retirar o monopólio do Estado e entregá-lo para o monopólio privado é realmente a solução. As privatizações podem trazer benefícios, mas é necessário garantir a regulação adequada e mecanismos de controle para garantir a eficiência e qualidade dos serviços prestados à população.

 

Claudio Ramos

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