Com a pandemia da Covid-19 deixando um
rastro de desafios econômicos e sociais, é fundamental discutir estratégias
para a recuperação do país. Nesse contexto, olhar para a geração de empregos,
estímulo ao empreendedorismo e enfrentamento da desigualdade social se tornaram
prioridades para que a economia possa se reerguer de forma sustentável.
Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o país enfrenta uma taxa de desemprego de 8% no último trimestre. Esse cenário alarmante,
aliado aos impactos da pandemia, reforça a necessidade de ações assertivas que
busquem a criação de novas oportunidades de trabalho.
Para estimular a geração de empregos, é fundamental investir em setores
estratégicos da economia. Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV) aponta que cada ponto percentual de crescimento do investimento público
em infraestrutura gera um aumento em 1,5% na criação de empregos
diretos e indiretos.
Além disso, é essencial fomentar o empreendedorismo como forma de impulsionar a
recuperação econômica. Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas (Sebrae) mostram que as micro e pequenas empresas são responsáveis por 55% dos empregos formais com carteira assinada no país. Investir em capacitação, linhas de crédito acessíveis
e estímulo à inovação pode ser uma forma efetiva de impulsionar o
empreendedorismo e, consequentemente, a criação de novos postos de trabalho.
No entanto, a recuperação econômica não pode ser dissociada do combate à
desigualdade social. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)
revelam que os 10% mais ricos no Brasil concentram aproximadamente 43,1% da renda nacional.
Portanto, é imprescindível adotar medidas que promovam a inclusão social e
reduzam as desigualdades.
Uma estratégia viável é fortalecer programas de transferência de renda, como o
Bolsa Família, e ampliar sua cobertura. Pesquisas do Instituto de Pesquisa
Econômica e Aplicada (IPEA) e do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e
Econômicas (IBASE) comprovam que o Bolsa Família tem um impacto significativo
na redução da pobreza e desigualdade no país.
Outra medida importante é a criação de políticas públicas que estimulem a
formação e qualificação da mão de obra. Nesse sentido, é essencial investir em
educação de qualidade e programas de capacitação profissional, tornando mais
acessíveis cursos técnicos e universitários.
Em relação à crise sanitária, a vacinação em massa é um elemento-chave para a
retomada plena das atividades econômicas.
É fundamental que o governo, em parceria com o setor privado, atue para
garantir o acesso às doses necessárias, bem como uma ampla campanha de
conscientização sobre a importância da vacinação.
Para que as estratégias mencionadas sejam efetivas, é essencial que haja
colaboração entre os diferentes setores da sociedade, incluindo governo, empresas,
sociedade civil e academia. Somente por meio de um esforço conjunto será
possível enfrentar os desafios decorrentes da crise econômica pós-pandemia e
construir um futuro mais justo e próspero para todos.
Fontes de pesquisa:
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): www.ibge.gov.br
- Fundação Getúlio Vargas (FGV): www.fgv.br
- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae): www.sebrae.com.br
- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA): www.ipea.gov.br
- Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE): www.ibase.br
- Ministério da Saúde: www.saude.gov.br
Claudio Ramos
Baturité 31 de Agosto de 2023
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