Após treinamento, capacetes Elmo começam a ser utilizados contra a Covid-19 no interior do Ceará
O capacete Elmo, uma tecnologia desenvolvida no Ceará, começa a ser utilizado em maior escala em hospitais do Interior, como novo aliado no tratamento de pacientes com Covid-19 e que necessitam de oxigenação. A avaliação de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e pacientes é positiva. A prática mostra bons e rápidos resultados de recuperação.
Inicialmente, o capacete Elmo foi utilizado em Fortaleza, mas agora reforça os meios alternativos no enfrentamento à Covid-19 no interior cearense. O treinamento a profissionais do interior começou na segunda quinzena de fevereiro passado, nos hospitais regionais Norte, em Sobral; do Cariri, em Juazeiro do Norte; e do Sertão Central, em Quixeramobim.
A capacitação inicial é feita por técnicos da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE). Depois, equipes locais tornam-se replicadores do treinamento para uso do equipamento. Foi o que ocorreu esta semana no Hospital Regional de Iguatu (HRI).
A capacitação foi feita para profissionais que trabalham nos hospitais São Vicente (particular) e Agenor Araújo (filantrópico), que têm leitos de enfermaria e de UTI para pacientes com Covid. Cada uma das unidades, recebeu quatro capacetes.
EVITANDO A INTUBAÇÃO
A fisioterapeuta Alexssandra Leandro usou o capacete no treinamento e observou que “há um leve desconforto inicial porque a pessoa fica nervosa e as frequências respiratória e cardíaca aumentam, mas logo vai aliviando”. Ela disse ser possível com o capacete Elmo o paciente “conversar, beber água e até se alimentar”.
Para o fisioterapeuta Toni Pereira que trabalha na UTI do HRI, o equipamento é uma novidade que traz avanços e ganhos para os pacientes por evitar intubação. “Tudo que é desconhecido traz dificuldade inicial e eu acredito que teremos mais treinamento”, pontuou. “Mas é simples a sua técnica de uso”.
REDUÇÃO DE 60% NA INTERNAÇÃO EM UTIS
Os três hospitais regionais do governo do Estado receberam da ESP/CE dez capacetes, cada um, para a utilização nos pacientes dos setores Covid-19. Os testes clínicos realizados com o equipamento mostraram que o uso do Elmo pode diminuir em até 60% a necessidade de internações em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).A fisioterapeuta do HRN Leyliane Diógenes esclareceu que entre os critérios a serem avaliados para uso do capacete Elmo “está o índice de oxigenação no sangue”. Ela pontuou que “o Elmo expande o pulmão do paciente, evitando uma intubação”.
Os fisioterapeutas fazem a monitorização nos pacientes “para avaliar se a terapia está tendo o efeito esperado, se o paciente está bem adaptado e se o quadro clínico registrou melhora”.
DOAÇÕES
A Sesa já recebeu 1.062 unidades do capacete Elmo por meio de doações com o objetivo de distribuir à rede pública de saúde de todo o Estado. Além disso, técnicos da ESP treinaram mais de 650 profissionais de saúde.
As doações foram articuladas pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Esmaltec, empresa do Grupo Edson Queiroz que fabrica o aparelho em larga escala.
“Nosso propósito é contribuir com soluções acessíveis e confiáveis para o bem-estar da sociedade, portanto faz parte do nosso jeito de ser e de como entendemos o nosso papel”, disse o diretor superintendente da Esmaltec, Marcelo Pinto. “As doações representam um esforço coletivo que reflete a capacidade solidária que temos em contribuir com a sociedade”.
Do total recebido, mais de 800 unidades já foram distribuídas no Ceará neste ano. A pedido de governos estaduais, 65 Elmos foram repassados em caráter solidário para hospitais do Amazonas e 40 para unidades hospitalares do Maranhão.
Fonte: Diário do Nordeste
Após o termino desse pesadelo essa invenção genuinamente cearense continuara a ajudar as autoridades de saúde.
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