domingo, 22 de janeiro de 2017

CENTENAS DE MORTOS EM REBELIÕES NO BRASIL


A crise no sistema prisional está produzindo números cada vez mais assustadores. Foram 133 mortes em 17 dias. No dia 1º de janeiro, foram 56 mortos no Compaj, em Manaus. No dia seguinte, mais quatro, em outra unidade prisional do Amazonas.
Depois, no dia 4 de janeiro, duas mortes em Patos, no sertão da Paraíba. Dia 6, 33 na rebelião de Boa Vista, em Roraima. Dois dias depois: mais quatro em Manaus, naquela cadeia pública que foi reativada.
Na última quinta-feira, foram dois mortos na Casa de Custódia de Maceió, e dois em Tupi Paulista, no estado de São Paulo.
No sábado (14), foram 26 presos mortos na rebelião no Rio Grande do Norte. No mesmo dia, houve mais duas mortes em presídios de Santa Catarina e outras duas em uma penitenciária na região metropolitana de Curitiba.

O número de mortes até agora já ultrapassou as 111 mortes do Massacre do Carandiru, no estado de São Paulo, em 1992. Num total de 133 mortes nos presídios do Brasil. E aumentando a cada dia.

Fonte G1.

A crise nos presídios que estourou em 2017,  era previsível diante da incompetência dos gestores por tratarem presídios como depósitos de presos e nunca como deveriam ser; como casa de recuperação do individuo. Como  esta sendo  tratada hoje essa questão,  os presídios funcionam como uma verdadeira universidade do crime. Servindo de escritórios das facções criminosas que há anos vem comandando assaltos, venda de drogas nas grandes capitais, de dentro dos presídios.

 
O governo Federal no fim do ano passado aprovou a toque de caixa,  a reforma do teto dos gastos com a intenção de “Conter a gastança do governo”, a medida tem com alvo principal conter o crescimento do endividamento do Estado. Investimentos na Educação, Saúde, Cultura e segurança e previdência,  os chamados gastos primários, estarão segundo o projeto, congelados  por 20 anos limitados  tão somente a reposição da inflação do ano anterior

As universidades já contam com seus  recursos reduzidos como acontece com a nossa UNILAB e em outras muitas Universidades Brasil afora. Em contrapartida foram generosos os aumentos para o judiciário e a classe  política. Qual o resultado destas medidas do Governo Federal? Começamos a ver neste começo de 2017, as siglas PCC, CV, FDN etc. aparecem mais que o A,BC que referrem-se a educação.

 
Assistimos as autoridades aflitas, perdidas  e como resultado previsível estoura a violência nos depósitos de presos O governo  Anuncia saídas para a crise certa,  anunciada ; construção de novos presídios, envio do exercito para conter as rebeliões. Apagando fogo com álcool. E o governo Federal diz que esta tudo sob controle. Controle de quem? Das facções?

Países como o Chile e Uruguai na América o Sul estão a frente do Brasil no ranking da educação onde nos encontramos na 60º posição no ano de 2016.

Enquanto os governos tratarem os presídios como depósitos e a educação como um gasto, não deveríamos nos surpreender com o que esta acontecendo no Brasil.  

Cidades do Maciço dia-a-dia.

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