Depois, no dia 4 de janeiro, duas
mortes em Patos, no sertão da Paraíba. Dia 6, 33 na rebelião de Boa Vista, em Roraima. Dois dias depois: mais quatro em
Manaus, naquela cadeia pública que foi reativada.
Na última quinta-feira, foram dois
mortos na Casa de Custódia de Maceió, e dois em Tupi
Paulista, no estado de São Paulo.
No sábado (14), foram 26 presos
mortos na rebelião no Rio
Grande do Norte. No mesmo dia,
houve mais duas mortes em presídios de Santa Catarina e outras duas em uma
penitenciária na região metropolitana de Curitiba.
O número de mortes até agora já
ultrapassou as 111 mortes do Massacre do Carandiru, no estado de São Paulo, em
1992. Num total de 133 mortes nos presídios do Brasil. E aumentando a cada dia.
Fonte G1.
A crise nos presídios que estourou em 2017, era previsível diante da
incompetência dos gestores por tratarem presídios como depósitos de presos e
nunca como deveriam ser; como casa de recuperação do individuo. Como esta sendo tratada hoje essa questão, os presídios funcionam como uma verdadeira
universidade do crime. Servindo de escritórios das facções criminosas que há
anos vem comandando assaltos, venda de drogas nas grandes capitais, de dentro
dos presídios.
O governo Federal no fim do ano
passado aprovou a toque de caixa, a
reforma do teto dos gastos com a intenção de “Conter a gastança do governo”, a
medida tem com alvo principal conter o crescimento do endividamento do Estado.
Investimentos na Educação, Saúde, Cultura e segurança e previdência, os chamados gastos primários, estarão segundo
o projeto, congelados por 20 anos
limitados tão somente a reposição da
inflação do ano anterior
As universidades já contam com
seus recursos reduzidos como acontece
com a nossa UNILAB e em outras muitas Universidades Brasil afora. Em
contrapartida foram generosos os aumentos para o judiciário e a classe política. Qual o resultado destas medidas do
Governo Federal? Começamos a ver neste começo de 2017, as siglas PCC, CV, FDN
etc. aparecem mais que o A,BC que referrem-se a educação.
Assistimos as autoridades aflitas,
perdidas e como resultado previsível
estoura a violência nos depósitos de presos O governo Anuncia saídas para a crise certa, anunciada ; construção de novos presídios,
envio do exercito para conter as rebeliões. Apagando fogo com álcool. E o
governo Federal diz que esta tudo sob controle. Controle de quem? Das facções?
Países como o Chile e Uruguai na América
o Sul estão a frente do Brasil no ranking da educação onde nos encontramos na
60º posição no ano de 2016.
Enquanto os governos tratarem os
presídios como depósitos e a educação como um gasto, não deveríamos nos
surpreender com o que esta acontecendo no Brasil.
Cidades do Maciço dia-a-dia.
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