A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa)
formaliza parceria junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) para trazer ao Ceará o Programa Matchfunding – Salvando
Vidas. Na iniciativa, o banco de fomento busca parceiros para incentivar
empresas a doarem insumos e custearem a instalação de usinas de oxigênio para
unidades hospitalares no Brasil. O trabalho também é focado na proteção
dos profissionais da linha de frente do combate à Covid-19. Pelo programa, cada
R$ 1,00 doado pelas empresas é dobrado pelo BNDES.
A Sesa busca, desde fevereiro de 2021,
articulações institucionais para garantir o suprimento de oxigênio aos
hospitais municipais durante este momento crítico de enfrentamento à pandemia.
A Secretaria planejou antecipadamente sua logística e, por isso, assegura
o fornecimento para suas unidades. Entretanto, o agravamento da doença e o
crescimento exponencial das internações nesta segunda onda ocorreram
simultaneamente em todas as regiões cearenses, gerando grande elevação na
demanda pelo gás. Este cenário, somado às dificuldades na distribuição, afeta
1/3 dos municípios do Estado, deixando-os sob risco de escassez de oxigênio.
Foram mapeadas pela Secretaria 40
unidades hospitalares em 38 municípios das cinco Regiões de Saúde do Ceará
aptas a receberem miniusinas de oxigênio com capacidade produtiva de 30m³/h ou
microusinas de 20m³/h. Os municípios foram escolhidos considerando o perfil
hospitalar e a descentralização da Saúde no Estado. Cerca de quatro
milhões de cearenses podem ser beneficiados permanentemente com esta
iniciativa.
“Nosso objetivo é evitar o risco e os
custos das transferências de pacientes por falta de oxigênio. A Sesa vislumbra,
através das usinas instaladas nos hospitais dos municípios, uma rede de
proteção permanente à vida, que ficará como legado pós-pandemia, viabilizando o
funcionamento de estruturas hospitalares complexas de forma descentralizada,
consolidando o atendimento amplo a todos os pacientes em suas cidades ou
Regiões de Saúde”, ressalta o secretário da Saúde do Ceará, Carlos Alberto
Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto).
Respira
Ceará
O risco de desabastecimento de oxigênio
preocupa a sociedade em todos os níveis e setores. Sensíveis ao desafio e
cientes de seu papel social, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil Portugal –
Ceará (CBPCE) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) apoiam
o Movimento Respira Ceará, que busca o engajamento de empresas para
adesão à iniciativa do BNDES e da Sesa.
Para angariar um bom
número de doadores ao Programa Salvando Vidas, o Movimento Respira Ceará
realiza, na próxima segunda-feira, 19/04, reunião virtual
de sensibilização com importantes empresários do Estado em diferentes ramos de
atuação. Como uma corrente solidária, o objetivo do evento é agregar um sentido
de união e colaboração à causa para juntos garantirem que não falte oxigênio
para nenhum cearense.
Antes mesmo da realização do evento de
sensibilização dos empresários, a Sesa e o BNDES celebram as doações de três
usinas de oxigênio para o Ceará, nos municípios de Sobral, Quixadá e Cascavel
Como
funciona
O Matchfunding Salvando Vidas funciona
com instituições parceiras do BNDES que operacionalizam as doações (Bionexo,
EY, SITAWI Finanças do Bem, Confederação das Santas Casas de Misericórdia-CMB e
Benfeitoria). As instituições recebem as doações das empresas e do banco de
fomento, negociam com os fornecedores e acompanham a instalação das usinas,
tudo dentro de um processo de transparência e de auditoria. A sensibilização
pode ser estendida aos colaboradores das empresas, que também podem fazer
doações no conceito do Matchfunding.
O valor mínimo solicitado aos doadores
é de R$ 100 mil. Uma miniusina de 30m³/h custa R$ 1,1 milhão para ser
instalada. Já a microusina de 20m³/h tem valor de instalação em torno de R$ 600
mil.
Fonte: Governo do Estado do Ceará
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