sexta-feira, 31 de outubro de 2025

A hipocrisia dos governadores bolsonaristas sobre segurança pública

 


A tragédia no Rio de Janeiro, com 121 mortos em uma única operação policial, escancarou o que muita gente já sabia, mas poucos têm coragem de dizer: a hipocrisia dos governadores bolsonaristas quando falam de segurança pública.

Cláudio Castro (PL), responsável direto por essa ação desastrosa, tentou se defender organizando um encontro com outros governadores do mesmo campo ideológico, Romeu Zema (Novo), Jorginho Mello (PL), Ronaldo Caiado (União Brasil), Eduardo Riedel, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Celina Leão, vice-governadora do DF. O grupo posou para fotos, discursou sobre “ordem” e “autonomia policial”, mas, na prática, o encontro serviu apenas para reforçar o discurso vazio e eleitoreiro que transformou a segurança pública em palanque político.

Esses governadores adoram falar em “bandido bom é bandido morto”, mas não enfrentam as verdadeiras causas da violência. Fingem que estão protegendo o cidadão de bem, quando, na verdade, alimentam o medo e a exclusão. Enquanto defendem operações que deixam um rastro de sangue nas favelas, cortam investimentos em educação, cultura, geração de emprego e políticas sociais os únicos caminhos reais para reduzir o crime e dar dignidade às pessoas.

É fácil posar de “duro com o crime” quando quem morre não tem rosto, não tem sobrenome e vive longe das câmeras. Difícil é assumir a responsabilidade de governar para todos, inclusive para os que o Estado historicamente abandonou.

Esses líderes, que se dizem defensores da “lei e da ordem”, na verdade usam o caos como ferramenta política. Transformam a dor em discurso e a tragédia em espetáculo. O massacre no Rio de Janeiro é mais um capítulo dessa política de morte travestida de coragem  uma política que protege os poderosos e castiga os pobres.

Enquanto continuarem governando pela lógica da bala, o Brasil vai seguir sangrando. E nenhum encontro entre bolsonaristas será capaz de esconder essa verdade.

Claudio Ramos, Radialista e Estudante de Jornalismo

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Das Favelas do Alemão, Penha à Faria Lima: A Segurança Pública de Duas Caras no Brasil

 



Enquanto uma operação de alto nível desarticulava uma organização criminosa na elite financeira paulista sem um único tiro, o Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, era palco de mais um episódio de violência estatal com centenas de mortos e corpos abandonados. A diferença entre esses dois eventos revela uma realidade cruel: a segurança pública no Brasil tem dois pesos e duas medidas.

A Operação "Limpa" na Faria Lima

Na chamada Operação Carbono Oculto, as agências de segurança agiram com precisão cirúrgica. Participaram Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal e Promotoria, em uma ação que:

  • Bloqueou R$ 52 bilhões em bens
  • Desarticulou uma das maiores organizações criminosas do país
  • Não registrou um único disparo
  • Não houve nenhuma morte

A operação, que mirou o coração financeiro do crime organizado, passou relativamente despercebida na grande mídia e não gerou manifestações de parlamentares da extrema direita.

A Tragédia Anunciada no Alemão

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a ação policial no Morro do Alemão sob o comando do governador Cláudio Castro seguiu o roteiro trágico de sempre:

  • Centenas de mortos
  • Corpos abandonados nas ruas
  • Cena de corpos decapitados foi comparada a práticas de grupos extremistas

Declarações polêmicas e violação do luto

Em meio ao caos, a ação do Estado foi além da letalidade: atingiu a dignidade dos que choravam seus mortos. Familiares que tentavam resgatar corpos de vítimas foram tratados como infratores  o secretário de segurança do Rio de Janeiro, ameaçou processá-los por “alterar a cena do crime”.

Familiares que procuravam os parentes mortos, relataram corpos decapitados o que assemelha a táticas usadas por grupos terroristas como Hamas e Al-Qaeda.

No entanto, especialistas em segurança e direitos humanos questionam a narrativa:
“Decapitações não são práticas comuns na ação do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Se ocorreram, é preciso investigar com transparência: foram realizadas por quem? Em que contexto? A resposta do Estado não pode ser a simplificação que apenas alimenta o ciclo de violência”, afirma um pesquisador do Laboratório de Análise da Violência da UERJ.

Enquanto isso, o abatimento superou em número a apreensão de armas: 121 pessoas mortas 113 presas, ante 93 armas capturadas. Ou seja, mais vidas foram eliminadas do que instrumentos de violência recolhidos um desequilíbrio que expõe a opção pelo extermínio, e não pelo controle.

O Silêncio dos "Heróis"

Chama atenção o silêncio seletivo de parlamentares que usualmente se manifestam sobre segurança pública. Enquanto operações em favelas geram correntes de apoio e declarações inflamadas, a bem-sucedida operação na Faria Lima que atingiu o crime em seu coração financeiro passou em relativo silêncio.

O Caminho para Mudar

É urgente repensar o modelo de segurança pública, baseando-o em:

  • Inteligência em vez de força bruta
  • Proporcionalidade nas ações
  • Respeito aos direitos humanos em todas as operações
  • Fim da seletividade no combate ao crime

Até que isso aconteça, continuaremos vivenciando essa triste realidade onde o valor de uma vida depende do CEP onde ela habita.


Matéria do Radialista e estudante de Jornalismo 

Claudio Ramos


 

CAE aprova ampliação do Fundeb para financiar equipes multidisciplinares no atendimento a alunos com autismo e doenças raras

 


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta quarta-feira (29) projeto que amplia significativamente o uso de recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) para custear profissionais especializados no atendimento a alunos com transtorno do espectro autista (TEA) e doenças raras. A proposta (PL 1.392/2025) inclui fonoaudiólogos, pediatras e fisioterapeutas entre os profissionais que podem ser remunerados com verbas do fundo.

Ampliação de atendimento

Atualmente, a legislação do Fundeb permite que até 30% dos recursos sejam destinados ao pagamento de professores, psicólogos e assistentes sociais que compõem as equipes de apoio a estudantes com necessidades específicas. O projeto aprovado mantém esse percentual, mas amplia o leque de profissionais contemplados, incorporando especialidades essenciais para o desenvolvimento educacional de crianças e adolescentes com TEA e doenças raras.

Flexibilização sem custos adicionais

Senadora Leila Barros


A relatora da proposta, senadora Leila Barros (PDT-DF), destacou que a medida não cria novas despesas para o Fundeb, mas oferece maior flexibilidade aos gestores públicos na alocação de recursos já existentes. "Para além da parte didática, esses estudantes precisam de uma equipe multidisciplinar, e esses profissionais atualmente não estão contemplados com relação à remuneração através do Fundeb", afirmou a parlamentar.

Barros ressaltou que a proposta surgiu de demandas apresentadas por coletivos de mães de crianças atípicas, que relatam dificuldades no acesso a atendimento especializado dentro do ambiente escolar. "Temos atendido muitos coletivos que falam justamente dessa dificuldade de ter uma equipe multidisciplinar para atender seus filhos nas escolas", completou.

Segurança jurídica e inclusão

Autor do projeto, o senador Carlos Viana (Podemos-MG) argumentou que a mudança traz mais segurança jurídica às instituições de ensino e garante atendimento adequado aos estudantes. "Esta é uma medida concreta para fortalecer a política de inclusão educacional em nosso país", afirmou.

Próximos passos

O projeto segue agora para análise da Comissão de Educação (CE), onde receberá novo relatório antes de poder ser votado em Plenário. Especialistas em educação avaliam que a medida pode impactar positivamente milhares de estudantes em todo o país, especialmente em municípios com menores recursos.

Criado em 2007 e tornado permanente em 2020, o Fundeb é principal mecanismo de financiamento da educação básica pública no Brasil, responsável por aproximadamente 63% dos investimentos em educação básica municipal e estadual.

Com informações do radialista e estudante de Jornalismo

Claudio Ramos

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Arroz e feijão saem do prato dos brasileiros e atingem menor consumo em seis décadas

 



Mesmo com preços mais baixos, a tradicional dupla da mesa nacional perde espaço para comidas rápidas e mudanças nos hábitos alimentares.

Por Redação | Programa 94 News
Baturité, 28 outubro de 2025

O prato mais simbólico da culinária brasileira, o arroz com feijão está cada vez menos presente nas refeições das famílias. De acordo com dados recentes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o consumo da dupla atingiu o menor índice desde a década de 1960.

A queda não está relacionada ao preço dos produtos, que, inclusive, apresentaram redução nos últimos meses. O motivo principal, segundo especialistas, está nas mudanças de comportamento e estilo de vida do brasileiro.

“As pessoas estão cozinhando menos em casa, priorizando a praticidade e substituindo o arroz e feijão por opções rápidas, industrializadas ou de preparo instantâneo”, explica a nutricionista e pesquisadora da Embrapa, Maria Andrade.

Rotina moderna muda a alimentação

A vida urbana, a correria do trabalho e o pouco tempo disponível para cozinhar são apontados como fatores centrais dessa transformação. Além disso, o tamanho das famílias diminuiu, o que torna menos comum o preparo de refeições completas e em maior quantidade.

Em muitas cidades, o crescimento dos restaurantes por quilo, buffets e fast foods também contribui para a diversificação do cardápio e a perda de espaço do prato tradicional.

Novas dietas e influência da mídia

Outro aspecto importante é a popularização das dietas restritivas e a busca por uma alimentação considerada “fit” ou “mais leve”. A influência das redes sociais e de campanhas de marketing de produtos industrializados também tem impacto direto sobre os hábitos alimentares da população.

Um símbolo cultural em risco

Para nutricionistas, o desafio é retomar o reconhecimento da importância do arroz e feijão na mesa brasileira. A combinação fornece proteínas, ferro, fibras e carboidratos de forma equilibrada, sendo considerada uma refeição completa e acessível.

“Mais do que um costume, o arroz com feijão é parte da nossa identidade alimentar. Preservá-lo é preservar um pedaço da nossa cultura”, afirma a pesquisadora da Embrapa.

Claudio Ramos 

Radialista, estudante de Jornalismo

domingo, 26 de outubro de 2025

Lula 80 anos : Uma vida dedicada ao povo brasileiro

 


No dia 27 de outubro, o Brasil celebra os 80 anos de Luiz Inácio Lula da Silva, um homem cuja história se confunde com a própria história do povo brasileiro. De origem humilde, retirante nordestino, metalúrgico e líder sindical, Lula ascendeu à Presidência da República com a força do trabalho, da esperança e da fé em um país mais justo.

Hoje, em seu terceiro mandato como Presidente da República, Lula segue reafirmando seu compromisso com quem mais precisa — resgatando políticas sociais, reconstruindo a economia, valorizando o salário mínimo e devolvendo ao Brasil o orgulho de ser uma nação soberana e solidária.

Sob sua liderança, o país voltou ao Mapa do Desenvolvimento e saiu do Mapa da Fome, milhões de brasileiros recuperaram dignidade com o Bolsa Família, o Mais Médicos e o Minha Casa Minha Vida voltaram a transformar vidas, e a educação, a saúde e o trabalho retomaram o lugar de prioridade nacional.

Lula é mais que um presidente é um símbolo de resistência, superação e amor pelo povo. Sua trajetória é uma lição viva de que a política pode, sim, ser instrumento de transformação social e de que a esperança é capaz de vencer o ódio e a injustiça.

Aos 80 anos, Lula segue olhando para o futuro, com o mesmo brilho nos olhos de quem acredita no Brasil e no seu povo.
Porque, como ele mesmo diz:
“Nunca antes na história deste país, o amor venceu tanto quanto agora.”

Parabéns, Presidente Lula!
Que sua jornada siga inspirando gerações e fortalecendo a democracia, a justiça social e a soberania do nosso Brasil.

Claudio  Ramos

Radialistam Estudante de Jornalismo.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Vida Além do Trabalho, um novo tempo para o trabalhador brasileiro

 




O debate sobre a mudança da escala de trabalho 6x1 para o modelo 4x3 ou 5x2, representa mais do que uma simples alteração de jornada: trata-se de um passo histórico rumo a uma sociedade que valoriza o ser humano acima da lógica exaustiva do lucro. A proposta, agora encampada pelo Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nasceu de uma legítima mobilização popular que tem emocionado o país e reacendido a esperança por mais dignidade no trabalho.

Tudo começou com o vereador Rick Azevedo, cuja voz ecoou nas redes sociais ao denunciar a crueldade da escala 6x1  aquela em que o trabalhador tem apenas um dia de descanso após seis dias de trabalho consecutivo. Seu desabafo deu origem ao Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), uma iniciativa que, em pouco tempo, mobilizou milhões de brasileiros cansados da rotina que afasta pais de filhos, impede a qualificação profissional e corrói a saúde mental e física dos trabalhadores. O abaixo-assinado digital do movimento ultrapassou 1,5 milhão de assinaturas, mostrando a força e o alcance dessa causa.

Deputada Federal Erika Hilton & Vereador Rick Azevedo


A mobilização chegou ao Congresso Nacional pelas mãos da deputada federal Erika Hilton, que protocolou a PEC 8/2025, propondo a redução da jornada semanal de 44 para 36 horas, sem redução salarial, e a adoção de uma nova escala de 4 dias de trabalho por 3 de folga (4x3). A proposta busca alinhar o Brasil às práticas modernas de países como Alemanha, França, Islândia e Reino Unido, onde experiências com jornadas reduzidas resultaram em aumento de produtividade, menor número de afastamentos por doença e maior satisfação dos trabalhadores.

Como em todas as grandes conquistas trabalhistas, a resistência de setores conservadores da economia não tardou a aparecer. Foi assim na época da criação do salário mínimo, do 13º salário e das férias remuneradas direitos que hoje são considerados inquestionáveis. Naquele tempo, diziam que essas medidas “paralisariam a economia”. Hoje, repetem o mesmo discurso, temendo o avanço de uma ideia que coloca a vida e o bem-estar do trabalhador no centro da pauta nacional.

A verdade é que a escala 6x1 é desumana. Ela não respeita o tempo de convivência familiar, o direito ao lazer, à formação pessoal e à saúde. O modelo 4x3, ao contrário, abre espaço para um novo equilíbrio: mais tempo com os filhos, mais oportunidades de estudo e, principalmente, uma vida mais plena e produtiva.

O Governo Lula, ao abraçar essa proposta, demonstra coerência com sua trajetória de luta pelos direitos da classe trabalhadora. O Brasil que queremos para o futuro é aquele que entende que crescimento econômico e qualidade de vida podem caminhar juntos. O trabalho é parte essencial da vida, mas a vida não pode ser apenas trabalho.

Texto opinativo por Claudio Ramos

Radialista e estudante de Jornalismo.

sábado, 18 de outubro de 2025

Senado Assume Liderança e Desbloqueia Isenção do IR para Rendas de Até R$ 5 Mil



Em um movimento estratégico que expôs o jogo de interesses na Câmara dos Deputados, o Senado Federal pautou e aprovou em tempo recorde o projeto que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil e concede descontos progressivos para rendas de até R$ 7.350. A decisão, tomada em uma semana pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e por unanimidade, quebrou meses de inércia na Câmara, onde a proposta estava parada desde março de 2025, pronta para votação.


O Jogo Político na Câmara: Da Chantagem à Blindagem e a Reação Popular

Enquanto milhões de brasileiros aguardavam o alívio tributário, a Câmara dos Deputados usou a PEC dos Trabalhadores  proposta essencial para direitos laborais  como moeda de troca. Segundo o relator do projeto no Senado, Renan Calheiros, deputados do centrão e da extrema direita articularam para:

  1. Adiar o início da isenção de 2026 para 2027;

  2. Rejeitar a taxação de super-ricos (rendas acima de R$ 50 mil/mês) que compensaria a perda fiscal;

  3. Vincular a votação a projetos absurdos, como a anistia a golpistas do 8 de janeiro e a PEC da Blindagem, que impedia a investigação de deputados sem autorização do presidente da Casa.

A insustentável situação gerou reação imediata da sociedade. No dia 21 de setembro, milhares de brasileiros foram às ruas em capitais e cidades do interior, repudiando as pautas defendidas pela oposição ao governo na Câmara. Os atos, organizados por centrais sindicais, movimentos populares e entidades estudantis, carregavam um recado claro: "Basta de privilégios para ricos e golpistas! Queremos a isenção já!".

"É inaceitável que uma proposta que beneficia 40 milhões de trabalhadores seja usada como escudo para proteger interesses escusos", denunciou Calheiros, em referência direta ao ecossistema de privilégios que dominava a pauta da Câmara.


O Senado Como Tábua de Salvação

A entrada do Senado no cenário, pressão das ruas, forçou a Câmara a retomar a seriedade. Em apenas uma semana, os senadores:

  • Discutiram o projeto em plenário;

  • Aprovaram na CAE sem ressalvas;

  • Mantiveram a taxação de super-ricos como contrapartida fiscal;

  • Garantiram vigência a partir de 2026.

A rapidez contrastou com os quatro meses de paralisia na Câmara, onde líderes partidários barravam a votação para extrair concessões.


Impactos da Isenção

  • 40 milhões de trabalhadores deixarão de pagar IR;

  • Redução de 30% a 80% no imposto para faixas entre R$ 5 mil e R$ 7.350;

  • Compensação fiscal: Taxação de 10% sobre rendas acima de R$ 50 mil/mês.


Conclusão: Vitória da Sociedade Contra o Fisiologismo

A atuação do Senado, alimentada pela pressão popular das ruas, demonstra que, quando há vontade política, é possível destravar pautas urgentes para a população. Enquanto a Câmara se perdia em manobras para proteger elites e investigados, a voz organizada do povo, ecoando no Senado, cumpriu seu papel constitucional como casa de revisão e defesa do interesse público.

Agora, a bola volta para a Câmara, pressionada a promulgar a proposta antes do recesso legislativo. O Brasil acompanha.

Assim se expressou o Senador Jaques Wagner (PT). "Democracia só anda empurrada",

Fonte: Discursos no Senado Federal (2025), relatório da CAE, articulações registradas em plenário e cobertura dos atos de 21/09.

Claudio Ramos, radialista e estudante de jornalismo

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Dissonância cognitiva no Congresso: deputados barram aumento de impostos sobre apostas online

 

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O contraste entre o Brasil e o mundo

Enquanto países como França (55%), México (30%), Holanda (29%), Dinamarca (28%) e Espanha (20%) aplicam altas taxas sobre as chamadas bets — plataformas de apostas esportivas e jogos online, o Brasil mantém uma tributação de apenas 12%, segundo dados da International Betting Integrity Association (IBIA) de 2021.

A diferença mostra o quanto o país ainda subexplora o potencial de arrecadação desse setor, que movimenta bilhões de reais anualmente e cresce de forma acelerada com a popularização das apostas digitais.

Deputados resistem ao aumento da taxação

Mesmo diante desse cenário, parlamentares da extrema direita e parte do centrão têm atuado em bloco para impedir o aumento da taxação proposto pelo governo federal.

A medida, que visava elevar a contribuição das empresas de apostas, poderia reforçar o caixa público e destinar mais recursos para educação, saúde e segurança. Ainda assim, foi alvo de forte resistência de setores do Congresso ligados ao lobby empresarial.

 A dissonância cognitiva política

A postura dos parlamentares revela o que especialistas chamam de “dissonância cognitiva política” — quando o discurso público de defesa do povo contrasta com práticas que beneficiam grandes grupos econômicos.

Enquanto o cidadão comum paga altos impostos sobre consumo, combustíveis e energia, o setor de apostas segue com privilégios e baixa tributação, em uma clara injustiça fiscal.

Essa contradição reforça a percepção de que parte do Congresso está desconectada da realidade social do país que deveria representar.



 Especialistas apontam desequilíbrio nas prioridades

Economistas e analistas políticos destacam que o debate sobre a taxação das apostas online não se resume à arrecadação, mas reflete o modelo de país que se quer construir.
De um lado, estão os defensores de uma tributação mais justa, que promova redistribuição e investimento social; de outro, aqueles que priorizam os interesses do mercado em detrimento das demandas populares.

“O povo paga caro, mas as bets continuam lucrando com isenções e baixa tributação”, sintetiza uma das críticas mais recorrentes nas redes sociais.

Opinião: o Brasil precisa de uma justiça fiscal real

A postura de parte dos deputados brasileiros frente à tributação das apostas online é um retrato simbólico da crise de representatividade política que o país atravessa.

Ao se oporem à taxação de um setor bilionário, esses parlamentares demonstram desconexão com a realidade social e alinhamento com interesses econômicos específicos.

O verdadeiro compromisso com o Brasil passa por uma reforma tributária justa, onde quem lucra mais contribua mais. Enquanto isso não acontecer, a sensação de que o Congresso vive em um país diferente do restante da população continuará crescendo alimentando a descrença na política e o distanciamento entre governantes e governados

Claudio Ramos, Estudante de Jornalismo e radialista.

Para os Arquitetos de Todos os Sonhos - Feliz dia dos professores

 


No princípio de toda jornada, antes de qualquer conquista, existe um professor. Antes do médico salvar vidas, do engenheiro construir pontes, do artista emocionar o mundo - existiu você.


Professor, você é o solo fértil onde todas as profissões germinam. Suas mãos não moldam apenas mentes, mas constroem o próprio futuro. Em cada "aula dada", em cada dúvida respondida, em cada incentivo sussurrado, você está plantando florestas inteiras que um dia darão sombra a gerações que nunca conhecerá.


O seu maior legado não está nos livros, mas no olhar de quem finalmente compreende. Não está nas notas, mas na confiança daqueles que aprenderam com você que são capazes. Sua lousa é um portal, seu giz uma varinha mágica, sua paciência - ah, essa paciência que move montanhas de dificuldades.


Hoje celebramos não apenas um profissional, mas a própria fonte. O rio que alimenta todos os outros rios. A luz que, ao iluminar um caminho, permite que outros acendam suas próprias tochas.


Muito obrigado por ser esse farol silencioso que guia navios que ainda nem sabem navegar. Sua obra é eterna - ecoa em cada descoberta, em cada vitória, em cada sonho realizado.


Feliz Dia do Professor!

Você não forma profissionais - você forma humanidade.

Claudio Ramos, Radialista e estudante de Jornalismo

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Ceará sanciona lei da CNH Popular para estudantes universitários




O Governo do Ceará realiza nesta quarta-feira (15), às 11h, no Palácio da Abolição, a sanção da Lei da CNH Popular para Estudantes Universitários. 


A iniciativa amplia o acesso à carteira nacional de habilitação entre jovens do ensino superior, especialmente os de baixa renda. 

O evento contará com a presença do governador Elmano de Freitas e do superintendente do Detran-CE, Waldemir Catanho, que destacam a importância da medida como um avanço nas políticas de inclusão e mobilidade estudantil.

A nova lei busca reduzir desigualdades e facilitar o deslocamento dos estudantes, permitindo que mais jovens tenham condições de ingressar no mercado de trabalho e concluir seus estudos com maior autonomia. 

A ação reforça o compromisso do Estado com políticas públicas voltadas à juventude e à educação.

Claudio Ramos, Radialista e estudante de jornalismo

sábado, 11 de outubro de 2025

Caça aos Vampiros: É Hora de Estacar a Velha Política

 

"Cuidado com os guias de vampiros" eles ajudam a abrir a porta.


Com as eleições se aproximando, um velho enredo volta a assombrar o cenário político brasileiro. De município em município, surgem os “vampiros da política” deputados e senadores que, a cada quatro anos, aparecem travestidos de aliados das lideranças locais, sugando a popularidade de prefeitos, vereadores e movimentos comunitários para renovar seus mandatos. Logo depois de eleitos, desaparecem nas sombras, deixando as cidades e o povo sem o menor sinal de vida política.

Essa prática, infelizmente, parece ter virado regra. Embora ainda existem exceções honrosas parlamentares comprometidos com o diálogo e com a defesa real das comunidades a maioria segue a velha lógica da exploração eleitoral, usando os municípios apenas como fonte de votos.

O eleitor precisa estar atento. A escolha dos deputados estaduais, federais e senadores será decisiva para o futuro das conquistas sociais e trabalhistas do país. Desde 2016, quando a direita chegou ao poder após um impeachment sem justificativa contra a presidenta Dilma Rousseff, o Brasil vem assistindo à desconstrução de políticas públicas e direitos históricos. O ápice desse processo foi a ascensão de um extremista à Presidência, que intensificou o desmonte das conquistas sociais.

No Congresso Nacional, dominado por uma maioria reacionária, vimos uma sucessão de pautas votadas contra a vontade popular verdadeiros momentos de horror político, onde o interesse coletivo foi deixado de lado em nome do privilégio de poucos.

Recentemente, o povo brasileiro voltou às ruas em reação aos absurdos aprovados e discutidos na Câmara dos Deputados, em Brasília. Entre eles, a chamada PEC da Blindagem e a anistia para golpistas, medidas amplamente rejeitadas pela sociedade. Para piorar, deputados da extrema-direita e parte do centrão agiram em bloco para barrar a votação da taxação das bets, dos bancos e dos bilionários  a chamada medida provisória dos “BBB’s”, que aumentaria a cobrança de impostos sobre os setores mais lucrativos do país.


Enquanto o povo cobrava justiça fiscal, os “vampiros” comemoravam o fracasso da medida, revelando de que lado realmente estão. Essa movimentação dos extremistas coloca em risco diversos programas sociais voltados para a população mais necessitada, ao reduzir as receitas que poderiam financiar políticas públicas essenciais.

Por isso, o alerta é claro: cuidado com os guias de vampiros que circulam pelos municípios em busca de sangue novo para suas campanhas. O voto consciente é a única estaca capaz de deter essa prática. É hora de iluminar as urnas com escolhas que representem, de fato, o povo e suas lutas.


Matéria do Radialista e estudante de jornalismo Claudio Ramos

 

Operações no Rio e em São Paulo expõem contrastes no combate ao crime organizado

Operação Contenção contra o CV no RJ O combate ao crime organizado no Brasil voltou ao centro do debate nacional após duas grandes operações...